Opinião: ‘Leila, avião e perguntas sem resposta no Palmeiras’
O contrato entre Palmeiras e Placar prevê esse tipo de situação? Quem é responsabilizado pelo prejuízo logístico e técnico?
O Palmeiras finalmente voltou ao Brasil na noite da última sexta-feira (25) após problemas técnicos com a aeronave de Leila Pereira impedirem a delegação de deixar a Colômbia na quinta-feira (24). Jogadores, comissão técnica e funcionários tiveram que viajar os 200 quilômetros de Pereira para Cali de ônibus para, então, pegar um voo fretado para São Paulo.
Conforme apurado e publicado pelo NOSSO PALESTRA, a presidente bancou os custos adicionais de hospedagem e deslocamento, enquanto seu avião permaneceu em Pereira para manutenção. Mas esse não é o ponto. Evidentemente, o imprevisto afetou severamente a preparação para o jogo contra o Vasco, marcado para o domingo (27) no Allianz Parque pelo Brasileirão.
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Problemas técnicos podem acontecer e sistemas de segurança existem justamente para isso, mas o contrato entre o Palmeiras e a Placar, empresa de linhas aéreas de Leila, prevê esse tipo de situação? Quem é responsabilizado pelo prejuízo logístico e técnico? São perguntas sem resposta.
E mais, será que utilizar o avião de Leila é sempre uma vantagem? Claro que a viagem reduzida para Pereira na ida foi elogiável, mas e quando a delegação teve que se deslocar para Sorocaba de ônibus para voar para o Rio de Janeiro, transformando uma viagem de 45 minutos em quase três horas?
Há um claro conflito de interesses entre a figura da presidente do maior do clube do Brasil e a presidente de uma recém-criada empresa de linhas aéreas, que, vale lembrar, ainda não tem todas as autorizações necessárias da ANAC para voar comercialmente.
Leila sequer esteve com o Palmeiras na Colômbia, mas age como se estivesse fazendo um grande favor ao clube, esquecendo – ou ignorando – que está usando o Verdão como ferramenta de publicidade para seu emergente negócio paralelo ainda em fase experimental. A presidente já declarou que pretende alugar o avião para outros clubes que se interessarem no futuro.
Claro que o “reforço” pode ser importante no contexto do caótico calendário brasileiro. Como também parece claro que perguntas precisam ser respondidas.