Agradavelmente, estive fora e não acompanhei o Dérbi como faria se estivesse escalado para reportar os momentos do jogo. Infelizmente, porém, hoje, quando acordei e busquei detalhes da partida, fui logo impactado no Twitter e no Instagram com inúmeras manifestações de exaltação ao lance do Maycon.
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Ele poderia quebrar a perna de um colega de profissão. Não quero incriminá-lo, mas exaltar é errado, é quase doentio. É uma confissão de deslealdade, até de pouca noção de decência, para ser mais claro com minha opinião. Qual o sentido em comemorar algo tão ríspido e perigoso?
Espero que as pessoas tenham mais razoabilidade ao falar de coisas do futebol, porque esse tema, como outros muitos, não dizem respeito apenas ao esporte, mas à vida, mesmo. É só mais um episódio sujo do nosso dia a dia, que custa a se pautar no respeito. É muito mais fácil optar pela agressividade.
Lamento profundamente pelos posts, como o feito pela esposa do jogador do Corinthians, para mencionar um. Depois, algo de pior acontece e os pedidos de perdão se multiplicariam, sem honestidade. Ela forma opinião, bem como muitos outros, que manifestar e romantizam essas práticas grosseiras.
O dia no qual as pessoas notaram que estão cada vez mais desligadas de uma mísera noção de sociedade, pode ser tarde. O futebol é só a ponta dessa jornada que normalizou replicar nos outros a maldade ou frustração que as pessoas sentem. E agora festejam a violência contra um jogador que não chegou à maioridade.
É muito baixo. E não é só sobre uma cor. É sobre a sociedade que vive o futebol.
