O São Bernardo foi prejudicado. Não, não foi pênalti no lance protagonizado por Marcos Rocha dentro da grande área. É possível discordar da regra, mas não da sua aplicação correta. Além de não ter obtido nenhuma vantagem técnica, a mão do lateral do Palmeiras não foi deliberada e, portanto, Edina e seus companheiros seguiram à risca o protocolo. Regras e interpretações à parte, o Bernô foi lesado antes mesmo de entrar em campo.
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É, para dizer o mínimo, inaceitável que os dois melhores times do Campeonato Paulista se encontrem no primeiro duelo eliminatório da competição. Dos oito times que estavam em disputa por uma vaga na semifinal, o Tigre do ABC estava, sem exagero, entre os três mais organizados. Em outras palavras, o regulamento do Paulistão é o grande responsável pela eliminação do São Bernardo.
Refém do péssimo regulamento, a equipe de Márcio Zanardi tinha pela frente a equipe mais consistente do Brasil dos últimos anos. O time com o trabalho mais longevo e, mais do que isso, de campanha invicta no Paulista. E, por mais que Abel Ferreira valorize, a Federação Paulista de Futebol se mantém indiferente.
– Valorizar muito o que essa equipe do São Bernardo fez. Bom treinador, uma equipe muito forte, muito organizada, muito competitiva a saber o que faz com e sem a bola. A terceira melhor campanha desde que existe esse campeonato nesse formato. O único problema que essa equipe teve foi pegar um adversário como o Palmeiras – comentou o treinador do Verdão.
Agora, me responda. É justo que 12 jogos consistentes de uma equipe com menos investimento do que boa parte dos ditos grandes – assim como o Santos, que sequer avançou às quartas de final – sejam colocados à prova em 90 minutos contra a ‘Terceira Academia’?
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E, olha… bem que o São Bernardo tentou. Não abandonou seu estilo em um momento sequer, pressionou e perturbou o Palmeiras. Até quando os jogadores cansaram, por volta dos 20 minutos da etapa final, a organização foi tanta que o Bernô não estava apenas se defendendo, mas atraindo o Palmeiras para buscar um escape no contra-ataque.
O Verdão, por sua vez, não fez a sua melhor exibição da temporada. Porém, muito por mérito do adversário, que poderia tranquilamente estar comemorando uma classificação contra quaisquer um dos outros seis times do Paulista. Antes de criticar as atuações de ‘x’ e ‘y’, é preciso entender que há uma equipe muito competente do outro lado.
Por se tratar de um confronto entre as duas melhores equipes – com sobras – do Paulistão, é possível que o Allianz Parque tenha recebido na noite deste sábado (11), simplesmente, a final antecipada do torneio. A FPF, no entanto, segue indiferente. O interessante é que os grandes clubes cheguem até a decisão, mesmo que isso signifique perder o segundo melhor time logo na primeira rodada do mata.
Além de lamentar o regulamento, resta apenas aplaudir a campanha do São Bernardo e, claro, a capacidade do Palmeiras de competir e vencer adversários até quando não faz uma partida brilhante.
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