Pai de Endrick refuta rumores e exalta Palmeiras: ‘Realizaram o sonho de uma família’
Douglas lembrou passagem de Cria pelo São Paulo e os motivos da mudança para o Verdão
Após rumores sobre possíveis clubes interessados no futebol do jovem Endrick, goleador de quinze anos que tem assombrado a todos com grandes atuações mesmo em categorias acima de sua idade, Douglas, pai do atacante concedeu entrevista ao canal do Nicola e fez questão de exaltar toda a gratidão que sentem pelo Verdão e que não prensam em qualquer outro caminho que não seja usando as cores do clube.
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– A história do Endrick já diz tudo (sobre projeto para o futuro). O fato do Palmeiras abrir as portas para o meu filho por conta de um vídeo, deles terem me acolhido com um emprego, de permitirem a ele disputar uma Copinha com 15 anos… Realizaram um sonho de uma família e temos a nossa gratidão. Temos nossos princípios e a nossa única vontade é de fazer história no Palmeiras. O fato de ter clubes interessados mostra apenas que estamos no caminho certo.
O funcionário do Verdão também contou que seu filho poderia ter feito carreira do outro lado do muro da Academia de Futebol não fosse uma oferta que ele, Douglas, não aceitou.
– O Endrick começou a jogar bola com quatro anos de idade e, desde o início, falavam que ele era diferenciado. Viemos pro Palmeiras em 2017, mas antes ele foi fazer uma avaliação no São Paulo e foi aprovado, com apenas oito anos. Durante os três anos seguintes, ele ficou indo e voltando de Cotia. No início de 2017, queriam que a gente fosse morar lá, mas eu expliquei que precisava ou de moradia ou de emprego para poder ir. Então, eles ofereceram uma ajuda de custo de 150 reais, o que não tem o menor cabimento.
O destino de Endrick, antes de chegar ao Palmeiras, passou próximo dos outros dois rivais paulistas. Desacertos facilitaram o caminho até o Verdão.
– No Corinthians, ele também foi aprovado, mas o clube entendeu que não valia a pena custear a vida do resto da família, ou seja, também não acreditaram muito. Já no Santos, entrei em contato para ele poder ser avaliado, avisando que não tinha condições de arcar com a passagem e a estadia para o teste e eles responderam que não trabalhavam dessa forma.
Tudo mudou definitivamente nessa história quando Douglas gravou um vídeo de Endrick, postou no YouTube, e um treinador da base palmeirense viu.
– Eu fiz um vídeo do Endrick e joguei no Youtube. Um dia, o antigo empresário dele mostrou o vídeo pro Alemão, que era um treinador da base do Palmeiras e ele gostou. Quando soube que era nascido em 2006, mandou trazer para o clube. Em outubro de 2016, ele fez dois treinos e foi aprovado. Em fevereiro de 2017, o Endrick e a mãe vieram para São Paulo e eu fiquei em Brasília para trabalhar. Alguns meses depois, me ofereceram o emprego na faxina da Academia de Futebol. Com o tempo, eu estava trabalhando dentro do vestiário, próximo dos jogadores.
Por fim, Douglas relatou que tentou ser jogador de futebol, mas que o filho terá todo seu apoio para seguir realizando esse sonho.
– Quando eu tinha 15 anos, peguei uma mochila, coloquei um par de chuteiras, minha certidão de nascimento, uma garrafa de água e uma de suco e saí pegando ônibus e pedindo carona até São Paulo para realizar o sonho de ser jogador. O erro foi ter vindo no final do ano, quando não estavam fazendo mais avaliações. Para voltar para Brasília, precisei da ajuda de amigos e sei a dificuldade que é. Não pude ser jogador e quis dar o apoio que não tive ao meu filho. Se for para ser, vai ser e hoje estamos aqui.