Palestra Brasil

A campanha da Puma pra nova única pele com espírito de porco e alma de periquito é animal.

Porque mostra pra quem duvida que o maior campeão do Brasil bem sabe ser brasileiro. Ostentando suas fibras de tecido como se cerzidas com nossas veias. O Palestra sempre vai ser tanto da Italia mamma como do Brasil filho desse amor.

Do suor da fábrica ao sangue da terra roxa como a carne de quem plantou e implantou este Brasil. Como os pés de quem mais vezes ganhou neste país tão singular de tão plural. Como virou o Palmeiras que virou Palmeiras mesmo demorando para virar de todas as cores. Mas quando abraçou o país foi abraçado como a gente se dá as mãos no gol e se doa pele mesma meta, do tiro dela até as festas das 14 taças nacionais.

Mais bonita que a camisa que sempre será linda independente da cor, do tom, do design, do material e do fabricante é a motivação de vestir o palmeirense. É cara como qualquer camisa. Mas é ainda mais cara na melhor acepção: a de ser querida. Desejada.

O que não tem preço.

Só o valor da nossa gente.

O Palmeiras vai ser ainda mais Palmeiras enquanto continuar abraçando o palmeirense em todo mundo (e em toda Palestra que precisa ser ocupada como rua) e seguir respeitando a história que é só sua.

Honrar e lembrar a origem italiana é dever como é vestir essa camisa. Se alguém se sentir excluído pela lembrança que não se inclua mais.

Quem não conhece a própria história não a merece e não terá futuro.

E quem é de fora e diz que devemos deixar de lado o espírito italiano que então renegue as próprias origens. É o mesmo que pedir para o Corinthians ser menos operário, o São Paulo menos da elite quintocentona, o Santos menos santista, a Portuguesa menos lusitana, o ignorante metido menos apedeuta.

O que eu achei da nova camisa? A resposta é a de sempre: os seus filhos são bonitos?