O Palmeiras divulgou na noite da última quarta-feira (1) os balancetes financeiros referentes ao mês de dezembro de 2022 e ao ano anterior como um todo. Apesar de ter fechado o último mês da temporada em déficit, os números apontam um superávit próximo do orçado para o exercício completo.
Para dezembro, a diretoria do Verdão havia orçado R$ 70,6 milhões em receitas, o que ficou próximo do valor realizado de R$ 68,2 milhões. No entanto, a quantia prevista em despesas era de R$ 35,8 milhões, enquanto o valor real foi de R$ 71,6 milhões – exatamente o dobro. Ou seja, após os descontos dos resultados financeiros, o orçamento que previa um superávit de R$ 34,8 milhões acabou resultando em um déficit de R$ 3,3 milhões no mês de dezembro.
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São três áreas que chamam a atenção nos gastos acima do previsto inicialmente: pessoal e encargos sociais (salários dos jogadores, comissão e funcionários, além das demais responsabilidades do clube enquanto empregador), onde o valor orçado foi de R$ 8,3 milhões, mas foram gastos R$ 16,5 milhões; despesas gerais e administrativas, onde estava previsto o gasto de R$ 9,4 milhões, mas foram desembolsados R$23 milhões; depreciação e amortização, onde o orçamento era de apenas R$ 653 mil, mas o valor final foi de R$ 10,5 milhões.
Mesmo com as despesas indo além do dobro do esperado em dezembro, o Palmeiras fechou o ano de 2022 com um superávit próximo do orçado inicialmente. No entanto, tanto as receitas como as despesas extrapolaram as expectativas.
A previsão era de R$ 625 milhões em receitas e R$ 590 milhões em despesas, mas o realizado foi de R$ 790 milhões em receitas e R$ 731 milhões em despesas. Descontados os resultados financeiros, o superávit esperado era de R$ 14 milhões, enquanto o atingido ficou em R$ 18 milhões.
As principais áreas responsáveis pelas receitas elevadas foram: arrecadações com jogos (previsão era R$ 27,5 milhões e resultado foi R$ 56,4 milhões); negociações de atletas (orçado em R$ 132,7 milhões e arrecadado R$ 173,8 milhões) e premiações (eram esperados R$ 51,6 milhões, mas o valor acabou sendo de R$ 94,5 milhões).
Pelo lado das receitas, o que se destaca é novamente o ‘pessoal e encargos sociais’, que acabou extrapolando o orçamento em quase R$ 100 milhões. A previsão era de R$ 227 milhões, mas o valor gasto foi de R$ 322 milhões. Um fator que ajuda a explicar o aumento é a sequência de renovações com valorizações salariais feita pela diretoria para promover a manutenção do elenco ao longo de 2022.
A fim de preservar sua saúde financeira, o Palmeiras costuma orçar resultados esportivos modestos, para, em tese, não correr riscos em caso de fracasso nas competições. No entanto, os números apontam que as contas fechariam no vermelho caso o clube não tivesse obtido sucesso além do esperado, uma vez que o êxito dentro de campo aumenta as receitas tanto de premiações como de arrecadações em jogos.
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