Noite de semifinal, de frio e de um rival que habitualmente causa problemas ao Palmeiras: o Athletico Paranaense. Na Arena da Baixada, em Curitiba, Verdão e Furação se enfrentaram pelo primeiro jogo das semifinais da Libertadores 2022 e os donos casa abriram vantagem na busca pela final do torneio. Com gol de Alex Santana, o time de Felipão venceu e encerrou a série invicta do Verdão fora de casa na Libertadores.
Sem Scarpa e sem Danilo, que cumprem suspensões por conta das expulsões sofridas nas quartas de final, contra o Atlético Mineiro, Abel optou por um time com Gabriel Menino e com Jose López. Os onze escalados pelo treinador português foram: Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino, Zé Rafael e Raphael Veiga; Dudu, Rony e López.
Pelo lado dos donos da casa, comandados por Felipão, a surpresa ficou por conta do jovem Vitor Roque, escalado para iniciar a partida ao lado de Bento, Khellven, Thiago Heleno, Pedro Henrique e Abner; Alex Santana, Hugo Moura e Fernandinho; Vitinho, Canobbio e a promessa do futebol brasileiro, que viria a fazer um grande jogo.
PRIMEIRO TEMPO
Com sistemas semelhantes, ao menos em teoria e de início, Palmeiras e Furação começaram a partida procurando o ataque. Com mais posse de bola, o Verdão quase chegou ao gol aos 5 minutos em tabela bem feita entre Dudu e López. O argentino ficou sozinho, cara a cara com Bento, mas o centroavante argentino emendou de primeira, pegou mascado e perdeu chance claríssima.
Após esse primeiro lance, o Athletico foi mais perigoso. Converteu sua superioridade com o gol aos 22 minutos, quando Khellven cruzou da direita, a zaga afastou mal, Vitor Roque venceu a disputa pela sobra e achou Alex Santana na pequena área – ele dominou e fez o 1 a 0 em um lance que tranquilamente aconteceria em um churrasco qualquer.
O gol empolgou jogadores e torcedores da casa, que pressionaram e tiveram oportunidades de ampliar. Jogando mal, coma atuações individuais pouco felizes, principalmente no setor de defesa e na figura de López, perdido, o Palmeiras só chegou em lances de contra-ataque. A única jogada aguda aconteceu aos 42 minutos, quando Rony cruzou e Flaco López cabeceou por cima.
NERVOSISMO
Chamou a atenção que nos primeiro 45 o Palmeiras parecia tenso. Jogadores discutiam e se cobravam com veemência, Marcos Rocha bastante irritado e o ambiente todo ‘contaminado’ por essa disposição em melhorar. Ficou claro que esses momentos eram uma busca intensa por ajustar os erros e melhorar o desempenho da equipe, que era ruim.
SEGUNDO TEMPO
Sem mudanças, o Palmeiras voltou para a segunda etapa e encontrou um Furacão postado e aguardando, em busca de espaço para a retomada e contragolpe. Apesar de um início bastante travado por conta da contusão de Raphael Veiga, substituído por Bruno Tabata aos 6 minutos, os últimos 45 minutos foram agitados.
Tabata, inclusive, foi um importante fator novidade e que melhorou o Palmeiras. Com agilidade e muita movimentação, trouxe problemas para a bem postada defesa do Athletico. Em um lance perigoso, foi derrubado na entrada da grande área e Gabriel Menino cobrou a falta com algum perigo. Em busca de melhorar a movimentação de ataque, Abel trocou Flaco López por Wesley.
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Em um lance esticado, Hugo Moura precisou parar Dudu e foi amarelado. 5 minutos mais tarde, o mesmo Hugo Moura caiu em uma dividida e abraçou a bola na queda. A arbitragem não deu falta e assinalou mão do volante, caso de novo amarelo e consequente expulsão. O Furação passou a jogar com 10. Felipão, muito irritado, também foi mandando mais cedo para os vestiários.
Com mais espaço, o Palmeiras passou a oferecer mais riscos para Bento. O lance mais agudo foi com Rony, que recebeu bom cruzamento de Piquerez, desviou de calcanhar no contrapé do goleiro do Furação, que se recuperou bem e impediu o empate do Verdão. Apostando nos lances de ultrapassagem para Dudu e Wesley, a equipe de Abel pressionou os donos da casa. Sem sucesso.
Agora, o Palmeiras volta suas atenções ao Brasileirão, torneio que lidera com 50 pontos e cujo compromisso será no próximo sábado (3), diante do RB Bragantino. Na próxima terça-feira (6), o Verdão recebe o Furação e precisará vencer por no mínimo 1 a 0 para forçar a disputa por pênaltis. Dois ou mais gols de diferença levam o time de Abel Ferreira para sua terceira final consecutiva.