Palmeiras paga pelo que ganha e caravana ladra e silencia para quem ladroa

Quando Thiago Neves rasgou seu pré-contrato com o Palmeiras em 2007 para ser bancado pela Unimed no Fluminense, não se falava de “fair-play financeiro”. Foi uma escolha do atleta. Pagou depois o que era devido. Seguiu a vida e a ótima carreira dele.

Quando Martinuccio, em 2011, também preferiu o Fluminense da Unimed ao Palmeiras ainda mais frágil daquele ano, em situação muito semelhante, apenas nas redes sociais se comentou mais novo “chapéu” e a força da patrocinadora e parceira tricolor desde 1999. A imprensa fez o dela. E não a torcida contra de agora.

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Em 2018, Gustavo Scarpa procurou o Palmeiras que o tentava desde 2017. Como quase também levou Richarlison que acabou parando no Watford no ano passado. O quase xará do polivalente irmão do nosso Alecsandro. Richarlyson que em 2006 fez exames médicos no Palmeiras pela manhã e à tarde se apresentou ao São Paulo. Dias antes, o Tricolor ofereceu melhores condições de trabalho e ele pulou o muro antes de entrar em casa. Acontece. Como mais ou menos ocorreu logo depois com Ilsinho. Em 2014 com Alan Kardec. Em 1996 com Muller.

E não se deve julgar. São escolhas profissionais e pessoais. Não mostras definitivas de que um clube está “se apequenando” como disse o outro. Assim como a Parmalat em 1995 botou Cafu no Palmeiras depois de uma triangulação com Zaragoza e Juventude. Acontece. Pode se discutir. Mas não condenar sem apelação. Ou apenas apelando.

Scarpa acertou com o Palmeiras que também acerta com ele em 2018. Como ele poderia ter acertado com o São Paulo ou com o Corinthians. Equipes que até dariam mais espaço a ele em suas equipes. Talvez não tantas conquistas. Ao menos no papel. Porque a gente sabe de alguns papelões de 2017.

Daí a citar abuso de poder econômico… Falta de fair-play financeiro..: Falta de ética…

Quando em 2011 o presidente do Corinthians implodiu o cartório do Clube dos 13 para negociar uma grana fabulosa para o clube dele e para o Flamengo, não se viu e nem se ouviu tanta grita pela grana despejada e mal dividida entre os clubes. Um e outro eco de medo de cartelização. Monopólio. Mas não mais do que isso. Não dá audiência. Ou melhor: dão muito ibope Flamengo e Corinthians.

Quando logo depois os estádios da Copa de 2014 começaram a ganhar tudo que nós contribuintes pagamos e/ou deixamos de receber, mesmo silêncio. Grita contra os gastos, sim. Mas gatinhos manhosos quando alguns deles eram para os clubes de maior torcida. Ou de torcida única de alguns colegas.

Quando o Palmeiras ganhou o novo estádio dele construído pelo parceiro com quem convive e briga como se fosse a imprensa esportiva, quando o Palmeiras alavancou o Avanti! pela paixão e pelos reforços e esforços que Paulo Nobre e Crefisa bancaram pelo próprio bolso e torcida, quando a patrocinadora foi além do patrocínio e parceria por vários interesses (também políticos), quando o contrato de TV fechada rendeu ainda mais dinheiro ao clube, quando tudo isso rendeu renovação de tudo, de esperanças e títulos, mais se crítica e se questiona e se corneta e se detona o clube.

O silêncio dos inocentes nos casos anteriores virou o barulho mimizento das críticas pueris.

O Palmeiras está investindo (mais do que gastando) muito do que tem e do que o parceiro tem. Mas não está comprometendo as receitas como muitos coirmãos. Em 2013, por exemplo, o Palmeiras não tinha nada em caixa e no campo. Devia quase tudo. Por isso trocava um Barcos e recebia quatro dos cinco que viraram só um do Grêmio. E olhe lá. Tinha receitas antecipadas que não adiantavam muito. Teve que se socorrer do presidente raro que tinha muito dinheiro, emprestava em ótimas condições ao clube, e agora recebe de volta com equilíbrio. Sorte nossa. Um presidente que investe sem medo de gastar. Que empresta sem receio de receber. E que não tira do clube. Nem o faz perder.

Palmeiras que ainda ganhou tudo que recebe da Crefisa. E pode até viver sem ela pelo que investiu e fez. Pelo que trabalha e investe. Pelo que projeta e planeja.

Não é acaso. É caso de sucesso. Não de polícia ou política como quer parte da imprensa que prensa e não quer pensar. Ou até pensa. Só que do pior jeito possível. Sem tutano. Ou só com o cotovelo.

A receita do Palmeiras não está sendo comprometida como fizemos em algumas contratações como Valdivia, Kleber, mesmo Felipão, Wesley. Pagamos o que temos. Ou nos dão. Por mérito e por sorte. Por paixão ou pensamento.

Temos sorte de nossos parceiros de Sociedade Esportiva. Ainda temos muitos ajustes a fazer nesses contatos e contratos. Mas não precisamos prestar outras contas a quem faz de conta que está fiscalizando e só parece mesmo estar torcendo contra.

Teimamos em torcer e distorcer contra quem tem dinheiro. É só mutreta e treta? É só esquema? Ou apenas clubismo exacerbado? Insisto: clubismo não é torcer assumidamente por um clube (presente!); clubismo é distorcer contra o time pelo qual não torce.

É dever da imprensa cobrir, cobrar, por vezes exigir ou mesmo torcer por transparência. Mas desde que com isonomia. Independência. Imparcialidade. Neutralidade. Isenção.

O que mais uma vez parece não acontecer em 2018 com o Palmeiras. Quando tudo é motivo não só de crítica democrática. Mas de desconfiança deletéria.

Ninguém força ninguém a negociar com o Palmeiras. O dinheiro se sabe de onde vem. E quem vem com ele.

Se o Palmeiras se reforça também para enfraquecer o rival, FAZ PARTE DO JOGO. Aqui e até na França do PSG.

Ninguém quer um campeonato ou vários deles sem disputa. Para alguém vencer é preciso que alguém seja vencido. Mas não necessariamente vendido.

O Palmeiras não está comprando torneios. Está montando grandes equipes para enormes pretensões. Para isso, não está minimizando a disputa. E torce para quem ninguém fique de mimimi

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O clube está sendo ainda mais competitivo e ambicioso. Porque assim se fez o campeão do século XX por quatro rankings. Assim se fez o maior campeão do Brasil sob qualquer denominação de torneios nacionais. Não foi na base do ruim e caro da política boa e barata (SIC) mustafiosa. Quando pensou e agiu do tamanho que é, o Palmeiras virou o que é. Exemplo. Mas não espelho.

Não se espalha competência. Mas se espraia inveja.

Esse é o jogo que alguns querem discutir sem observar planilhas e receitas.

O Palmeiras e parceiros gastam menos do que recebem. E ganham muito bem fora de campo. Agora é questão de ganhar ainda mais lá dentro. E deixar a caravana ladrar com a gente enquanto silencia com quem ladroa.