Palmeiras precisa se conectar e se aproximar mais em todos os campos
O Palmeiras enfim falou depois da eliminação para o Grêmio. Alexandre Mattos pediu desculpas ao torcedor. Disse que não vai responder às acusações da Mancha Alviverde. Admitiu erros. Ou coisas que deram errado.
Como Ricardo Goulart, que ele não falou, não o perguntaram, mas já foi esquecido como maior contratação para a temporada que não pôde seguir. Fez falta.
Como Carlos Eduardo, segundo mais caro atleta em 105 anos de clube, e que só Felipão e Mattos ainda acreditam. Pelo que se ouve dos treinos que ninguém pode ver, ele ainda pode fazer algo que justifique o investimento injustificável.
Afinal, a história do esporte e o panteão palestrino ensinam que valeu a pena esperar para que Ademir da Guia explodisse dois anos depois de chegar do Bangu. Luís Pereira esperou 3 anos para ser o maior camisa 3 do Palmeiras. Paciência para que Marcos fosse canonizado 7 anos depois de estrear. Para que Evair fosse perdoado depois de imperdoável afastamento por 6 meses do elenco. Para que Alex nos desse a Libertadores dois anos depois de chegar, e um ano depois de quase ser mandado embora pelo próprio Felipão.
Não tem ninguém no banco ou mesmo em campo nesse nível. Mas para um elenco que foi decacampeão brasileiro com 14 equipes mistas em 22 jogos com Felipão é preciso ter a mesma paciência que o treinador já não parece mais ter com nada.
Felipão, Mattos e Cícero Souza têm toda razão quando lembram os esforços louváveis feitos para a manutenção do craque do BR-18 Dudu e também para o segundo melhor – Bruno Henrique. Foram as melhores contratações para 2019. Como teria sido melhor negócio ter acertado a venda de Deyverson para a China. Mas o Menino Maluquinho quis ficar. Direito dele.
Não se acerta sempre. Como o Palmeiras errou demais a meta gremista. Como Cebolinha acertou tudo no Pacaembu. E mais uma Libertadores se perdeu em casa. Qualquer uma delas.
Em casa a gente não está mandando. Mas é em casa que se tem a DR. O Palmeiras precisa conversar mais. Abrir mais o jogo em campo e fora dele. Aproximar os setores no gramado e fora dele. Conectar mais a equipe. Todas elas.
Ser mais “simpático”. Para quem não o conhece e também não só para quem o conhece – para quem o ama.