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Palmeiras sobe o morro, derruba tabu e vence Bolívar por 2 a 1 na volta da Libertadores

Última vitória do Verdão na altitude havia sido em 2009, contra o Real Potosí

(Foto: Divulgação/Libertadores)
(Foto: Divulgação/Libertadores)

Depois de 37 anos, o Bolívar foi derrubado dentro de seus domínios por um time brasileiro. O Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo aposentou os números dos donos da casa com uma vitória grande e importante por 2 a 1 no jogo que marcou a retomada da equipe na Copa Libertadores da América de 2020.

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Com um time modificado, e assim mesmo que deveria de ser, o Palmeiras foi até La Paz para encarar o Bolívar, um time que há meio ano não entrava em campo. Sua maior valência era a falta de fôlego que o Verdão poderia ter. Ainda que as dificuldades fossem claras, o que se viu nos primeiro 45′ foi um cenário bastante favorável ao mistão de Vanderlei Luxemburgo.

Com Rony e William no comando de ataque, o Palmeiras apostou na bola trabalhada por Veiga, meia que atuou tal qual vinha fazendo Lucas Lima, criando a partir do lado direito do ataque. Com Gabriel Menino, Ramires e Zé Rafael completando o setor de meio campo, o Alviverde usou menos as pernas e mais a cabeça. Encurtou o campo pro Bolívar atuar e não ofereceu o contra ataque. Muito pelo contrário, os donos da casa sofreram com a reatividade verde.

Foi em um lance desses que o placar foi inaugurado na altitude escalafobética da capital boliviana. Marcos Rocha alongou uma boa bola para Rony, que fazia até esse momento um belo jogo, vencer na velocidade e ser derrubado dentro da área por Gutiérrez. William, o artilheiro de todo dia, bateu com firmeza, no canto baixo de Rojas, para abrir a contagem, aos 33′ da primeira etapa.

(Foto: Divulgação/Libertadores)

No resto do primeiro tempo, o monólogo de Luan, bom zagueiro que teve noite impecável, seguiu tendo vantagem sobre a bem mequetrefe pressão dos mandantes nos últimos respiros – com o perdão da ironia, dos 45 iniciais. O Palmeiras foi aos vestiários com um bom placar e com gás para sustentar a segunda parte.

Com Bruno Henrique na vaga de Ramires, dono de mais uma atuação discreta, tal qual sua passagem pelo Palestra Itália, o time de Vanderlei decidiu esperar. O Bolívar, que discute e agride a bola, nada conseguia fazer. Não à toa, Weverton mais descansou do que defendeu. Ao menos até certo momento.

Gabriel Menino encarnou Cleiton Xavier em noite de Libertadores para acertar um chute tremendo, uma paulada de muito longe para ar rarefeito algum botar defeito. Na forquilha do goleiro Rojas que nada pôde fazer. O resultado parecia encaminhado, tudo muito controlado, além até do que um palmeirense poderia desconfiar. A vantagem durou menos de dez minutos.

(Foto: Divulgação/Libertadores)

Em um escanteio vadio, a bola desviada no primeiro pau encontrou o camisa nove de codinome Riquelme para cutucar pra rede do arqueiro verde. Até esse ponto, o jogo era uma situação tranquila e bastante previsível, mas o que se viu depois, todos concordamos, foi alguma coisa de assustador.

Veron e Danilo, a dose mais jovem de fôlego disponível, vieram ao campo para tentar refrescar a atuação do Palmeiras. Rony, de bom jogo, e Veiga, também eficiente na jornada, saíram. Além deles, Vitor Hugo compôs um trio defensivo com Luan e Gomez para conter a pressão aérea do Bolívar e Scarpa veio para tentar ser opção para a retomada de bola.

Os últimos minutos de jogo tiveram ainda uma tentativa desordenada de abafa dos donos da casa e um Palmeiras pouco eficiente no contragolpe, mas compreende-se pelas feições esbranquiçadas de cansaço que todos apresentavam. O ar já era passado àquela altura.

O Palmeiras volta à campo no próximo domingo, em Porto Alegre, contra o Grêmio pelo Brasileirão 2020.

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