Palmeiras x WTorre: empresa critica decisão e clube mantém posicionamento

Segundo a construtora, decisão do Verdão "interfere na estão de produtos que não são de responsabilidade do clube"

Em comunicado enviado nesta terça-feira (30), a WTorre criticou a decisão “unilateral” do Palmeiras em relação ao uso do reconhecimento facial para clientes do Passaporte Allianz Parque. A empresa afirmou que a decisão “interfere na gestão de produtos e serviços que não são de responsabilidade do clube”.

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– A decisão interfere na gestão de produtos e serviços que não são de responsabilidade do clube, mas da Real Arenas, conforme acordos firmados desde o início da operação da arena.

– Além disso, a implementação, tal como iniciada pelo Palmeiras, pode violar o Código de Defesa do Consumidor e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, seja pela forma precipitada como está sendo implementada, seja pela ausência de comprovação quanto à segurança do sistema.

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NOSSO PALESTRA havia noticiado, na última terça-feira (23), que clube e empresa divergiam na data para o uso do reconhecimento facial em todo o estádio. A tecnologia, porém, não é novidade, uma vez que há três jogos é obrigatória para os palestrinos sócios e não-sócios que pretendem assistir aos embates do Maior Campeão Nacional. 

Esta medida foi colocada em prática na temporada atual para impedir a ação de cambistas nos jogos do Verdão. Antes disso, muitos torcedores alegaram que não conseguiam comprar ingressos para partidas do Alviverde no site oficial. 

Agora, o Palmeiras busca disponibilizar o reconhecimento facial para todos os setores do estádio, incluindo aqueles que são responsabilidade da WTorre – como é o caso dos palestrinos detentores do Passaporte Allianz Parque. Para o Maior Campeão Nacional, a decisão acerca desta utilização cabe ao clube. A empresa, contudo, discorda, afirmando que, para isso acontecer, o sistema deve ser “amplamente testado”. 

Ontem (29), o Verdão divulgou o funcionamento da tecnologia para os torcedores que, agora, devem fazer cadastro no sistema. Clique aqui para ler o comunicado do clube.

Palmeiras e WTorre travam uma disputa judicial. O clube cobra uma dívida de R$ 128 milhões da construtora e estuda acionar a empresa por De acordo com apuração do NP, a migração do reconhecimento facial para quem consome os produtos da Real Arenas não tem ligação com a disputa judicial entre as partes.

Sistema de acesso por reconhecimento facial foi instalado em 2023 (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Confira a nota da WTorre na íntegra:

A Real Arenas lamenta a decisão unilateral da presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, Leila Pereira, em relação ao cadastro da biometria facial para os clientes do Passaporte Allianz Parque. Essa atitude é contrária ao trabalho que vinha sendo realizado entre a Real Arenas e o clube para o desenvolvimento em conjunto de um sistema que respeitasse os interesses dos consumidores que adquiriram produtos sob responsabilidade da Real Arenas.

A decisão interfere na gestão de produtos e serviços que não são de responsabilidade do clube, mas da Real Arenas, conforme acordos firmados desde o início da operação da arena.

Além disso, a implementação, tal como iniciada pelo Palmeiras, pode violar o Código de Defesa do Consumidor e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, seja pela forma precipitada como está sendo implementada, seja pela ausência de comprovação quanto à segurança do sistema.

A Real Arenas não medirá esforços para garantir os direitos de acesso e privacidade dos clientes Passaporte Allianz Parque, que são torcedores palmeirenses buscando usufruir do produto que adquiriram conforme regem os contratos vigentes.