Pantera Verde da massa
Jailson chegou ao clube do coração além da idade usual. Chegou da Série B com o time flertando mais uma Segundona, em 2014. Não jogou. Não caiu. Sabe lá o diabo como.
Em 2015 ficou na reserva do reserva. Só jogou amistoso. Em 2016 também era reserva de novo reserva. Entrou na fogueira do Prass quebrado e o Vagner quebrando. E não só ganhou a posição como, com ele, o Palmeiras foi campeão e não perdeu mais jogo.
Abraçou as bolas como ele e Prass se abraçaram no final do jogo do título, no mais emocionante abraço da história do enea. E de outros oito títulos brasileiros.
Jogou mais e muito bem em 2017 e 2018. Pegou pênaltis e bolas impegáveis, indefensáveis, inimagináveis para quem só nos últimos anos de carreira foi tudo e muito mais. Ídolo pelo caráter e simpatia, pela obstinação e perseverança. Jailsão da massa que superou lesões raras. Massa que se sente mais do que bem defendida. Muito bem representada por um dos nossos lá dentro.
Jailson merecia muito mais minutos em campo. Mas só joga um goleiro onde os três podem jogar. E para quem esperou anos para ser o que nem em delírio imaginava, estar ali entre os reservas para ser um titular de qualidade, integridade e moral como o Sergião multicampeão pelo Palmeiras é demais. Jailson, o Pantera Verde, vai ser sempre aquele cara que podemos contar para os nossos.
Tá vendo esse goleirão aí? Ele é nosso. Ou melhor: ele é dos nossos.
Jailson, você não precisa jogar pra fechar o gol. Nós fechamos com você a cada gol nosso.