Papagaio! Palmeiras 5 x 0 Novorizontino
“Eles são as maiores cornetas do futebol brasileiro. Aquele pessoal come muito amendoim. A casca deve cair na roupa e eles ficam muito irritados. Embora eles não queiram, estamos progredindo”.
Felipão falou assim do Palmeiras que venceu de virada o Guarani, no Palestra, em 21 de março de 1999. Menos de três meses antes de ganhar a LIbertadores.
Em celebração à data, o Palmeiras criou no mesmo dia, em 2018, um ingresso caríssimo pra Libertadores-18 pra TURMA DA TRUFA BRANCA, a mais cara iguaria do planeta. Quem conseguir chegar e pagar seu ingresso no Allianz Parque não vai mais comer amendoim e nem chupar limão. Talvez escargot, pelo preço, caviar, pelo paladar. Certamente a trufa branca. Deliciosa e de origem italiana. Como o Palestra.
Claro que tem preço para pagar o senhor elenco que não tomou conhecimento do Novorizontino, no primeiro tempo. Em seis chances fez quatro gols. Nas duas primeiras abriu a contagem, com Bruno Henrique e Keno em lances muito bem trabalhados. Depois ampliou com Willian depois de belo toque de Lucas Lima. E faria mais um no último lance com Dudu, cada vez mais ambientado pela direita. Como Lucas Lima, disposto como Felipe Melo, é outra coisa. Não tem nenhuma equipe em São Paulo jogando tão bem. É favorita ao título se o futebol fosse algo previsível.
Certas coisas não têm preço como a paixão pelo clube. Mas a valor está altíssimo para a Libertadores. Criando castas que nem o fomento ao sócio-torcedor justifica. Custos que o brasileiro não tem como pagar. Nem com a assiduidade na arquibancada. As contas e receitas muito bem contadas no clube não podem se perder num momento de vitórias e que pede solidariedade e sociedade. Não sanha insaciável. Não é momento de criar problemas. Nem que pareçam soluções.
No segundo tempo com chuva, Roger mandou bem de novo no time sério, aplIcado, que tem invertido bem as bolas, em bonitos e também eficientes. Edu Dracena voltou a campo e o treinador ganha ótima opção para a zaga. Faltou Moisés ganhar mais minutos. Mas não há o que condenar em uma equipe que ainda assim criou oito chances no tempo final (incluindo um pênalti mal batido por Felipe Melo, e o gol de Papagaio, de cabeça, quando o Novorizontino já estava com 10). Com um ritmo menos intenso, o Palmeiras honrou o preço do ingresso justo no Paulista. Com um futebol cada vez melhor.