Passou sufoco e pra final: Palmeiras 1 x 2 Santos (5 x 3 pênaltis)
Jailson fez cinco grandes defesas na ida e o Palmeiras venceu o Santos. Na volta, o time de Jair foi mais eficiente no primeiro tempo no chuvoso Pacaembu. Nos pênaltis, Jailson acabou sendo mais feliz. O melhor time do campeonato passou – de fase e sufoco contra o Santos que pode ser mais ousado, ainda que desfalcado de Bruno Henrique.
O time de Jair jogou no Morumbi contra o São Paulo por uma bola na fase inicial, e ganhou o Sansão. Nos primeiros 45 minutos na semifinal, acertou duas finalizações (Sasha, aos 12, e com o excelente Rodrygo, aos 38) das três chegadas à meta de Jailson. Desta vez o goleiro nada pôde fazer.
O Palmeiras então resolveu finalizar a bola que foi quase sempre dele. Ou porque doada pelo Santos, ou porque Keno carregou o Palmeiras que só criaria mesmo depois do segundo gol santista. Teve duas faltas bem defendidas por Vanderlei, dois escanteios perigosos, e tudo que deu errado para o Santos no sábado, no primeiro tempo foi invertido. De fato, das seis oportunidades da equipe de Roger, quatro foram de tiros longos (incluindo o belo gol de empate de Bruno Henrique, aos 16).
Mesmo com a bola, faltaram ideias e infiltrações do Palmeiras no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Santos ficou ainda mais atrás. Jogando por mais nenhuma bola. O Palmeiras pregou com meia hora. Roger mudou tudo. E os reservas não entraram bem em uma equipe que já não se aproximava e dialogava pouco na frente. No final das contas, o Verdão criou menos chances no segundo tempo. O Santos teve apenas mais duas. E ninguém mereceu se classificar depois de 180 minutos equilibrados. E ainda mais ao final de um clássico mais nervoso do que bem jogado. Muitos passes errados, o Santos sem Rodrygo pregado, e Gabriel em outra sintonia.
Nas cobranças, dois grandes goleiros acertaram cinco dos nove cantos. Mas só Jailson foi feliz ao defender a cobrança de Diogo Vítor (um dos que entraram em campo no segundo tempo e foi infeliz na defesa da Pantera Verde, como já havia jogado muito mal na primeira partida).
No frigir das bolas, o time de melhor campanha chega à decisão. Mas precisa jogar mais. E recuperar as forças com um jogo de Libertadores no meio de um caminho que o Palmeiras não ultrapassa desde 2008.