JG Falcade: Patrick, Danilo e Fabinho

Patrick foi o primeiro que surgiu. Carioca, filho da favela, veio pro Palmeiras em busca de luz e encontrou taças. Foi campeão, ergueu a América, achou o ângulo de Cássio e o amor de palmeirenses – tremenda tarefa difícil. Deslizou, nem sempre chutou na direção do gol e agora tenta ser mais feliz usando novas cores, alguns muitos quilômetros mais próximo de sua família. Ontem, ele passou na casa velha, ganhou abraços dos amigos e uns carinhos da vizinhança que torce.

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Em campo, Danilo. Vindo da Bahia, de vida difícil, perspectivas nebulosas antes que o futebol o encontrasse. Uma dessas figuras que vão sempre carregar o status de fenômeno. Raio que cai uma vez ou outra, com doses de muita sorte e competência. Danilo veio desfilar seu talento infindável no Palmeiras, e que alegria tê-lo. O mundo já sabe sobre ele, a Seleção também, mas é irresistível sorrir enquanto assistimos ao seu recital, seja contra o Chelsea ou o Fogão.

Danilo é o incomum. É a história do filme. É aquela que vai se tornar um documentário, talvez. Não vai ser regra que Danilos apareçam como um fruto. Mas ele pode ser exemplo, guia, caminho. E quando um clube sabe se aproveitar de momentos, é um caso claro pro elogio. Abel é um administrador de seres humanos e um grande treinador. Ciente que seu filho pródigo deve voar em breve, e que há em suas mãos uma nova geração de talento, ele resolveu começar a troca de guarda.

Aos pouquinhos, bem pouquinhos, Danilo tem mostrado em campo o que deve ser feito, e Fabinho tem assistido bem de perto, do banco de reservas. A cada jogo, o próximo escolhido vai a campo, ainda com seu professor conferindo tudo enquanto veste uma jaqueta e descansa as esguias e habilidosas pernas. Não existe melhor forma de abrir caminhos para uma nova geração do que fazer com que elas convivam. Patrick não teve essa transição, ele chegou jogando, e talvez lhe tenha faltado esse trato.

Fato é que três gerações se encontraram no Allianz Parque. A que deixou legado esportivo e financeiro, e foi o primeiro teste. A segunda, que triunfou em campo e que está grande demais para os muros do Brasil, e cuja postura serve de manual. E a nova, que chega com mais títulos que as passadas, com mais preparo que as passadas, e com a benesse de transitar por um dos mais vitoriosos times da história do Palmeiras. Eles estão nascendo no melhor berço que um jogador pode sonhar em ter.

A história acontece bem debaixo dos nossos olhos, a cada vez que o número 28 dá lugar ao 35.

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