Pés no chão
Quando Roger Machado saiu, para não dizer mesmo quando ele estava, eu achava possível ganhar a Libertadores. Mas não a Copa do Brasil. Muito menos o Brasileiro.
Quando Felipão chegou, para não dizer mesmo logo depois da grande vitória em Assunção, eu continuava achando possível ganhar a Libertadores. E só ela.
Quando o Palmeiras entrar em campo contra o Cruzeiro no Allianz Parque na duríssima semifinal da Copa do Brasil, para não dizer mesmo logo depois da vitória no Derby com apenas três titulares, eu acho cada vez mais possível ser bicampeão da Libertadores. E tetra da Copa do Brasil. E dá até para ser campeão brasileiro.
Todos estão jogando bem. Os mais ou menos e os matusquelas. Tem time(s) e tem banco(s) o Felipão. Tem resultados e agora também desempenhos confiáveis. Competentes. Copeiros.
Dá pra tentar. Se vai ganhar, nem Felipão sabe. Não é do palmeirense ser otimista. Não sentimos cheiros e nem retornos de campeões. Normalmente tememos a boa fase – não trememos. Mas, agora, por méritos próprios, e deméritos alheios, parece possível.
Desde que todos fiquemos com os dois pés atrás. E sempre no chão.
Não sei se vamos ganhar. Mas não vamos mais nos perder achando que já perdemos ou que já ganhamos.
Amanhã e sempre o Palestra nos ensina que o Palmeiras é nossa sina. Todo dia é hora para fazer como o Zé Roberto na despedida. Descalço e com os pés no chão e a mão no peito. Honrando cada palmo dessa grama verde como Palmeiras.