Polêmicas virtuais no Palmeiras

Felipe Melo fica até 2021. Contrato assinado e camisa nas costas com a inscrição “cachorro louco” postada nas redes sociais.

No mesmo dia em que o Animal Edmundo autografou no Allianz Parque sua biografia, escrita por Sérgio Xavier.

Horas depois de mais uma polêmica virtual (em todos os sentidos) entre São Marcos (cuja autobiografia foi escrita por mim e leva o nome de “Nunca Fui Santo”) e Fernando Prass (que não se manifestou), pelo fato de uma das seis estátuas do clube zoar numa postagem com o goleiro atual por ele ser “de esquerda”…

Por partes…

Excelente notícia a permanência de Felipe Melo. Tem jogado muito bem, não tem se perdido em pancadas, não tem mais falado mal de ninguém do clube pelo WhatsApp, não tem feito mais proselitismo eleitoral em campanha política com a camisa do clube, e nem mandado dar pau em manifestantes democráticos. Segue o jogo. E que siga como o ótimo volante genioso tem atuado muito bem. Sem tapa na cara com responsabilidade. Nem entradas irresponsáveis.

Ainda prefiro um Animal como Edmundo. Também irresponsável muitas vezes em campo e fora dele. Também violento. Criado polêmicas desnecessárias e desgastes internos e externos. Ídolo e craque genial e genioso. E tudo aquilo e muito mais que escrevi no prefácio do livro (publicado em postagem anterior).

Marcos pode votar em quem quiser. Fernando Prass pode votar em quem quiser. Você pode fazer o mesmo. Eu também. FORA DO AMBIENTE DO CLUBE, SEM USAR A CAMISA DO PALMEIRAS (a não ser que autorizado pela direção do clube, desgovernada ou não), pode fazer a campanha eleitoral e política que quiser. Prass que é ídolo. Marcos que é estátua. Felipe Melo que é ótimo. Darinta que e Darinta.

São cidadãos. São Marcos e Prass. Segue o jogo. E são muito ídolos e mitos.

(Sim. “Mitos”. Como para Felipe Melo e para o Marcão o palmeirense presidente do Brasil é “mito”… E não é por isso que tenho minhas tretas fora de campo com Felipe Melo. E não é por isso que deixo de idolatrar meu amigo Marcos – também eleitor de Bolsonaro. Lamento profundamente quem perde amizade e respeito pelas urnas em ruínas. À minha esquerda e à sua direita).

Marcos, por ser quem mais jogou no Palestra, o maior ídolo desde Ademir da Guia (não para poucos o maior desde 1914), pode falar ainda mais o que quiser. Até porque sempre falou como defendeu: muito. Por vezes demais.

Ele mesmo admite que falou muita bobagem. Quase sempre tretava com muita gente. Segue fazendo o mesmo. É dele. E como ele é nosso, também segue o jogo. Estátua ou não.

Só não pode seguir tanta gente tretando tanto por isso, tratando tudo isso como questão de princípios e de palestrinismo.

A direita e a esquerda que realmente me interessam no Palmeiras? Apenas a lateral do campo Onde jogaram Djalma Santos e Julinho Botelho à direita, onde jogaram Roberto Carlos e Rivaldo à esquerda.

A virtude, no caso, está no meio. No Divino Ademir.

Na urna sou de esquerda. Na rua sou Palmeiras.