Após um pedido do Palmeiras, a polícia do estado de São Paulo abriu nesta terça-feira (30) um inquérito criminal para investigar a Real Arenas, braço da WTorre responsável pelo Allianz Parque. O Verdão cobra da construtora mais de R$ 127 milhões que não foram repassados desde 2015 referentes a receitas da arena. A informação foi publicada primeiramente no ge.
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Segundo documento enviado ao 24º Departamento de Polícia, o pedido do Palmeiras é que sejam apurados possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa. Para isso, existe também a solicitação do bloqueio de bens, valores e contas da Real Arenas e seus gestores, e a quebra do sigilo bancário da empresa desde novembro de 2014.
O clube alega que não recebeu todo o dinheiro previsto no contrato. Segundo o acordo entre o clube e a empresa, a equipe tem direito a percentuais que crescem ao longo dos 30 anos do acordo com a construtora, referente ao aluguel da arena para shows, exploração de setores, locação de camarotes e cadeiras, além de naming rights.
No estágio atual do contrato, que diz respeito a 5 anos até 10 anos da abertura da Arena, 25% dos valores precisam ser repassados ao Verdão. No entanto, desde que o Allianz Parque foi inaugurado, em novembro de 2014, os repasses foram feitos em apenas sete meses, entre novembro e dezembro de 2014, e de janeiro a junho de 2015 – exceto maio daquele ano. Ainda assim, a construtora WTorre apresenta todo mês um relatório com os valores que teriam de ser transferido, mas não faz o pagamento.
Os valores e o imbróglio nas finanças é motivo de briga entre as partes na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução realizada pelo Palmeiras de título extrajudicial. Sem avançar no campo judicial, a Polícia foi acionada.
A concessão da Arena do Palmeiras com a WTorre é válida por 30 anos. A data começou a valer a partir da inauguração da arena, em novembro de 2014. Ou seja, o contrato entre o clube e a construtora é válido até novembro de 2044.