Por que Guerra virou reserva no Palmeiras
Melhor jogador da Taça Libertadores de 2016, o meia venezuelano Alejandro Guerra chegou ao Palmeiras com status de craque. Trazendo ao clube um estilo de jogo semelhante ao de Valdívia, o ‘Lobito’ conquistou a torcida palmeirense ao acumular boas atuações, marcar gols e demonstrar técnica apurada no passe, característica fundamental para garantir a titularidade durante boa parte da temporada. Porém, nos últimos dois jogos Guerra assistiu a tudo do banco de reservas.
O Nosso Palestra entrou na cuca do técnico (!) e explicar o motivo de o camisa 18 ter se tornado opção no banco de reservas do Palmeiras.
Cuca manteve Guerra titular durante a adaptação do time à nova função do ponta em seu 4-3-3, cumprindo uma exigência que surgiu após a eliminação na Copa Libertadores da América. Antes, o atacante de lado trabalhava apenas no seu corredor e poucas vezes auxiliava no trabalho de meio-campo.
O treinador aproveitou a versatilidade do venezuelano e o deslocou para a ponta pedindo para que ele ocupasse espaços também no meio-campo. Enquanto Róger Guedes e Keno treinavam e entendiam a nova função, Guerra já sabia o que fazer, tendo em vista que trabalhou muito mais como ponta do que como meia em sua carreira. Mas a volta do artilheiro Willian de uma lesão muscular obrigou Cuca a trabalhar Guerra como um reserva de luxo.
Deyverson é o 9 de Cuca, e por conta de sua entrega e importância tática não deve sair do time tão cedo. Partindo desse princípio, sobram as pontas para que Willian atue, mas quem tira o capitão Dudu da equipe? Ninguém. Então o artilheiro da equipe na temporada passa a jogar pelo lado, onde melhor rende, e Guerra automaticamente perde o espaço na linha de ataque alviverde.
As disputas de posição do venezuelano acontecem diretamente com Moisés pelo meio e Willian pela ponta-direita, dois jogadores de extrema regularidade. Um bom elenco pode exigir que um jogador de linha acumule partidas no banco sem receber qualquer crítica. Mera questão técnica.
Contra o Coritiba, a questão foi também tática. Suspenso, Willian não jogou. Mas Cuca preferiu Keno à Guerra pelo fator velocidade.
Naquela ocasião, Cuca disse após o jogo que Guerra faria o meio-campo do Palmeiras ser neutralizado mais facilmente pela marcação do Coxa. De acordo com ele, a utilização do meia depende do estudo que a comissão técnica faz de cada adversário antes das partidas.
Aparentemente Guerra só voltará ao time titular quando Moisés ou Willian não puderem atuar ou caso Cuca opte por jogar no 4-4-2, com dois meias e dois atacantes.
Nesta quarta-feira (27), Moisés deu entrevista coletiva na academia e falou sobre o seu colega de meio campo. “Ele (Guerra) não perdeu posição. Nos últimos dois jogos, o Cuca optou por um esquema diferente, mas antes disso jogamos três jogos juntos. Não podemos nos surpreender se ele aparecer como titular no sábado. O elenco tem bons jogadores e o Cuca muda o time de acordo com o adversário”, concluiu o camisa 10.
Guerra é um dos artilheiros do Palmeiras no Brasileirão com 5 gols e ainda é o líder de assistências do time junto com Róger Guedes com 3 passes diretos para gol.
Na sua opinião, torcedor, o técnico Cuca acerta ao manter o venezuelano na reserva? Quem você tiraria para colocar o camisa 18 entre os titulares? Deixe a sua opinião nos comentários.
Contribuiu – Rodrigo Fragoso