Porque o Palmeiras poderá ser o Miami Heat no futebol brasileiro em 2020

Quem é esse? O que cê tá falando? Calma que eu te explico. O Miami Heat é uma equipe de basquete da liga americana do esporte da bola laranja, a NBA. Com dois títulos nacionais na última década e após perder seus ídolos por aposentadoria e mudança de ares, o Heat se viu na missão de ressurgir. Nas mãos de seu super expriente treinador Erik Spoelstra, buscou nos garotos a forma de criar seu próximo ciclo vitorioso. E tem dado certo.

Sem glamour

O elenco do Heat pra temporada 2019/20 conta com jovens jogadores que sequer faziam parte dos prospectos de talentos que a liga possui. Foram chamados ao time e responderam em alto nível. Com muito pouco holofote, Kendrick Nunn assumiu espaço no quinteto titular da equipe e tem números que o credenciam ao posto de jovem jogador do ano. Tem sido a peça que impressinou a NBA.

Duncam Robinson, o jogador que anotou dez bolas de três pontos e um jogo e tem fascinado a liga com seu poder de chute, a precisão nos arremessos e sua história incomum. Já com 25 anos, assinou contrato com uma espécie de time B do Miami Heat e só em 2019 foi "promovido" ao elenco principal e desde então reúne números e atuações impressionantes.

Expectativa concretizada

Tyler Herro chegou com moral. Era um jovem com prospeções muito positivas, uma jóia. Ele foi a décima terceira escolha a qual o Heat teve acesso e o que era esperado, ocorreu. O garoto de 19 anos tem tido papel fundamental na rotação da equipe, liderando, em vários momentos, a armação e o protagonismo que, em teoria, caberiam às peças mais experimentadas do elenco. Herro é fenômeno na venda de camisas com seu nome e também tem encantado a corneta torcida do Heat.

Bam Adebayo está em seu segundo ano de Heat e com status de liderança, mas nada que surpreenda. Ele já era visto como alguém de futuro inquestionável. Também chegou como a décima quarta escolha do Draft e sua trajetória é muito importante. Mais um jovem que dominou a chance e tomou pra si o protagonismo.

Os meninos de verde

Desde os que estarão no elenco de Vardelei Luxemburgo sem tanto holofote prévio diante do torcedor e até aqueles que chegam com status de estrela, como Gabriel Verón. Os meninos de verde chegam com papel muito maior do que apenas preencher ume elenco grande. Há que se crer que eles serão um terço dessa composição de time que formará o Palmeiras de 2020.

Vanderlei terá a chance de repetir Spoestra e colocar em campo, pra jogo, seus jovens. Aliados ao suporte da experiência, sobre a qual falaremos na sequência, eles podem ter chances para brilhar. Cada um em seu momento, em seu brilho, sem a devida obrigação, mas com a chance de protagonizar.

Os líderes

O Palmeiras tem Dudu, histórico e consolidado. Heat tem Butler, ainda controverso e recém chegado, mas com reconhecido talento. Cada um deles lidera seu time com a qualidade. Proporcões respeitadas, é como ter o capitão de talento em quadra e em campo. É quem vai ter a bola no momento decisivo, mas é quem poderá ver ao lado várias e várias opções prontas para ajudar. Ele poderá tomar a decisão sozinho, sim, mas terá com quem dialogar. O Miami já funciona assim. O Palmeiras deverá, esperamos, também.

Secundários

Os dois times tem ótimos nomes que compõe a explosiva junção de jovens e experientes. Eles carregam o piano para que os outros brilhem. São importantíssimos e são usados como tal. O suporte necessário para que garotos despontem e craques se sobressaiam. É a estrutura de funcionamento de qualquer time. É ter Weverton, ter Gomez, ter Bruno, ter Luiz Adriano. É ter tempo de jogo em campo, sempre. É como que já tem Dragic, Jones e até, pense só, Olynik, a cota doidinha do time. Todo time tem o seu.

Professores e cultura

Experientes, vencedores e dispostos. Um mais jovem, o outro mais exposivo. Fato é que são treinadores que viveram o auge e hoje querem repetir a dose. Tem respeito da arquibancada e do vestiário. Eles podem comandar a cultura desses time. O Miami já encontrou a sua e vê seu time tendo resultados ótimos mesmo sabendo que há um favorito acima de si, mas não imbatível. Vai cultivando sua própria jornada em busca da glória. Agora, o Palmeiras. Estebelecer sua filosofia, respeitar sua história, entender seu momento e preparar a hora de bater quem parece imbatível.

Só assim, a conquista fica ainda melhor.