PQP! O melhor parou há cinco anos!

Faz cinco anos que aos 12 minutos do segundo tempo do Palmeiras de 1999 x Brasil de 2002 a bola parou para Marcos ir pra linha e jogar seus últimos minutos pelo Verdão do coração. Como atleta ele já tinha parado em 2011. Continuou fazendo festa no bi da Copa do Brasil trabalhando como craque-propaganda do clube. Não estava trabalhando. Mas estava junto como sempre esteve quando dias antes caímos.

A única emoção daqueles tempos bicudos foi a despedida no Pacaembu lotado. Marcão abraçado não só por nós. Mas por todas as cores e credos que gostam de um cara legal de tão humano. De um humano legítimo de tão santo.

De um de nós que nos defendeu melhor que todos. Não apenas goleiros. Como palmeirense de linha jogou como se fôssemos nós. Todo torto, sem jeito. Mas com o coração que foi nosso de 1992 a 2011. Titular desde 1999. Eterno antes mesmo de parar naquela festa linda.

Marcão logo não “conseguiu” fazer o que prometera ao pendurar as luvas abençoadas. Ele não conseguiu acordar todos os dias meio-dia e meia. Ele acordava mesmo uma e meia da tarde. Para curtir o delicioso ócio produtivo de quem sempre se quebrou para nos consertar. De quem sempre jogou por nós como um de nós. O 12 de todos.

Marcão terminou canelando na linha. Justo o profissional fora de linha tanto quanto fora de série. O amador que fez tudo por prazer. E nos deu um baita orgulho sendo Palmeiras por 20 anos e Brasil em 2002.

Faz cinco anos que o Marcos parou. Fará a eternidade para não aparecer ninguém como ele.