Quando ressurgiu o Alviverde Imponente
(Foto: César Greco)
Depois do trágico final de 2012 é hora de olhar para frente e de se reeguer. O ano de 2013 começa com quatro competições a serem disputadas. É óbvio que o foco era um só: voltar para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Mas além do Brasileirão série B, tínhamos Libertadores da América, Copa do Brasil e Campeonato Paulista. Havia esperança. Fernando Prass acabava de chegar no Palmeiras e, finalmente, teríamos um goleiro em quem confiar. O banho de água fria veio logo em março, levando uma goleada desconcertante para o Mirassol, 6×2. O Paulista acaba e o Palmeiras fica apenas em sexto. A Libertadores termina nas oitavas e a Copa do Brasil, também. O objetivo maior foi conquistado e fomos campeões da série B. 2014 é centenário e nada mais do que justo estarmos no nosso lugar.
O nosso ano começou. 100 anos de uma história gigante, mas que ficou manchada por um quase terceiro rebaixamento. Quando acabou o Campeonato Paulista e o alviverde ficou em terceiro lugar, achamos, de fato, que seria um bom ano. Passando pelo comando de Gilson Kleina, Alberto Valentim, Ricardo Gareca e, finalmente, Dorival Júnior – que comandou a equipe nas 20 últimas rodadas do Brasileiro. Estávamos de volta na série A e também na nossa casa e o time conseguiu ser o pior Palmeiras que o palmeirense poderia ter em ambas. O desespero só passou depois do apito final da última rodada, quando o Santos fez o gol e despachou o Vitória para a série B. O Palmeiras terminou o ano mais importante da sua história em 16°.
É 2015 e o sentimento de desespero recomeça. O que seria do Palmeiras nas competições daquele ano? O sofrimento ia continuar por mais quanto tempo? Num domingo de manhã, no dia 11 de janeiro, o Palmeiras anuncia a contratação de Dudu, atacante do Grêmio que vinha sendo disputado pelos rivais, Corinthians e São Paulo. São Paulo esse que tinha levado Alan Kardec no ano anterior e dito que o Palmeiras havia se apequenado. Não, caro presidente tricolor, o Palmeiras é gigante. Zé Roberto disse isso na preleção e o time reafirmou isso em campo e fora dele. E falando no Corinthians, logo nas semifinais do Paulista encontramos eles. E na casa deles, eliminamos o rival do estadual. O próximo era o Santos. Nos pênaltis, perdemos o Campeonato Paulista. Mas diferente dos vexames passados, o sentimento não era todo de tristeza. Algo havia mudado. Para melhor. Em uma série de jogos dificeís na Copa do Brasil, o Palmeiras volta a encontrar o time da baixada em uma final. Começou perdendo. Empatou. Pênaltis. E se o Prass fizesse o Palmeiras era campeão… e ele fez! Um ano depois de lágrimas de alívio, as lágrimas que escorriam agora no rosto palmeirense era de felicidade máxima!
(Foto: César Greco)
Na temporada seguinte, o Palmeiras saiu do Paulista nas semifinais para o Santos. Na Libertadores, o time não se classificou nem para as oitavas. Na Copa do Brasil, saiu nas quartas de final para o Grêmio. No Brasileiro, o time liderou a competição desde a 19° rodada e esteve na frente de todo mundo em 29 rodadas. No jogo emocionante contra a Chapecoense, bastava uma vitória para, enfim, o Palmeiras ser campeão Brasileiro depois de 22 anos sem levantar esse troféu. E, no penúltimo jogo daquele ano – e último jogo daquele time campeão da Chapecoense – em meio ao abraço do Prass e do Jailson, o Palmeiras se consagrou Campeão Brasileiro. Junto com o time campeão, Dudu terminou de se confirmar como ídolo e Alexandre Mattos pôde carimbar que o camisa 7 foi o maior acerto em décadas.
(Foto: César Greco)
2017 foi um ano irregular. O time vinha com confiança mas não passou da semifinal do Paulista, nem das oitavas de final da Libertadores e nem das quartas de final da Copa do Brasil. Teve alguns problemas internos com o volante Felipe Melo e o técnico Cuca e acabou o ano sendo vice-campeão do Brasileiro.
Hoje, em 2018, cinco anos após a série B e toda a reestruturação necessária que o Alviverde Imponente passou, o Palmeiras está a poucos passos de conquistar o campeonato Brasileiro pela décima vez. Nos últimos três anos, o nosso Palestra conquistou o tri da Copa do Brasil, o Brasileirão pela nona vez e foi vice-campeão Brasileiro. Voltou a ser respeitado pelos rivais e, o mais importante, voltou a ter a crença da torcida. A obrigação do Palmeiras nunca foi ganhar todos os títulos que disputa (por mais que seja isso que a torcida queira, com razão), a obrigação do Palmeiras era voltar a ser, de fato, o que sempre foi: gigante. Obrigação era voltar a ser protagonista, voltar a sonhar com coisas grandes e deixar o meio pro final da tabela. Isso o Palmeiras conseguiu, palmeirenses. Os frutos dessa conquista a gente colhe desde 2015 e, logo logo, chega mais um para a nossa conta.