Até que perder para o Jorge Wilstermann em Cochabamba não foi tão feio… O River Plate caiu de três na Bolívia onde o Palmeiras perdeu o jogo e, Eduardo Baptista, o cargo.
Até que perder nos pênaltis para o Barcelona no Allianz Parque não foi tão feio… O invicto Santos caiu na Vila Belmiro e foi pior que o Verdão no confronto direto com o time equatoriano.
Até que perder o Barrios não foi tão… Não. Foi ruim como foi perder em Cochabamba e ser eliminado em casa. É ruim. É péssimo.
Mas quem, em sã consciência, em fevereiro iria preferir a manutenção daquele Barrios à chegada deste Borja?
Que gremista iria preferia contratar Barrios se tivesse a chance e o dinheiro de comprar Borja em fevereiro de 2017?
É…
Mas o problema não e só nosso.
Cruzeiro bicampeão da América em 1997. Vasco campeão no ano seguinte. Palmeiras, em 1999, vice em 2000, e poderia ter sido finalista em 2001 não fosse o apito armado.
São Caetano vice em 2002. Santos em 2003. Em 2004 o São Paulo não foi à final no último lance. Tri da Libertadores o Tricolor paulista em 2005 contra o Atlético Paranaense. Seria vice em 2006 para o campeão Internacional. Grêmio vice em 2007. Fluminense vice em 2008. Cruzeiro vice em 2009. Inter bicampeão em 2010. Santos tri em 2011. Corinthians invicto em 2012. Atlético Mineiro campeão em 2013.
Nenhum brasileiro nem na semifinal de uma Libertadores que mais parecia uma Sul-Americana em 2014.
Inter eliminado na semifinal em 2015. São Paulo também, em 2016. Com duas equipes muito criticadas.
Em 2017, resiste bravamente o Grêmio na busca do tricampeonato. Mesmo sem Pedro Rocha que faz muita falta, e sem Luan nos dois confrontos duríssimos contra o louvável Botafogo. Um que não era badalado como o Flamengo que não passou da primeira fase. O Palmeiras que caiu nas oitavas junto com outro bamba que foi um traque como o Galo.
A Chapecoense teria passado da fase de grupos não fosse pisada de bola de várzea da direção. O Santos chegou às quartas e só perdeu um jogo – o decisivo, em casa. O Atlético Paranaense ficou nas oitavas eliminado pelo Santos.
O Grêmio pode ser tri. Já jogou mais do que tem jogado. Mas tem tempo hábil para se recuperar. Tem camisa. Ótimo treinador. Luan, Arthur e boa companhia. Suficiente para vencer mais uma Libertadores. Mais uma que os favoritos brasileiros jogaram pouco.
Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro fizeram campanhas muito abaixo da expectativa. Ou talvez fosse nossa a prepotência de achar que eram favas contadas e bolas cantadas?
Pode ser. Mas vendo os times que passaram, mais uma vez, estamos vivendo jejum que desde o início dos anos 1990 não se via na Libertadores. Quando o São Paulo se preparou com um timaço de Telê e uma estrutura notável para servir de exemplo aos rivais, de 1992 a 1994.
Até meados dos anos 1980 não se dava tanta bola à competição. Desde então, não se viu fracasso semelhante ao atual. E com a falta de dinheiro e estrutura que se vê nos outros países.
Estou tentando dourar a pílula. Mas não me vem outra palavra além de vexame brasileiro desde 2014.
Até porque poucos foram os finalistas de outros países memoráveis. Fora o Nacional de Medellín de 2016, todos os demais eram equipes normais. Só o River de 2015 um pouco acima da média.
Todos torneios conquistáveis. Todas decepções deploráveis.
Não é só o nosso Palmeiras.