Quero Palmeirabilidade
A imagem não é arte. É futebol-arte do Jair Rosa Pinto. Nosso craque das 5 Coroas. Jajá da Barra Mansa. O lugar dele no mundo. Porque no nosso mundo foi nesse barro pesado que naquela tarde pisou no Jogo da Lama contra o São Paulo na final do Ano Santo de 1950. Quando ganhou o direito de ganhar a Copa Rio de 1951.
Jajá que jogava muito. E ainda diziam que nem sempre. Essa foi a cara dele pro time que seria campeão paulista. Essa é a nossa pro time que já foi campeão brasileiro e que não precisa jogar como Jair. Mas que pode suar como se fosse sua a nossa camisa.
Futebol não é só raça. Palmeiras é muito mais do que isso. Mas não pode ser raiva quando se perde (e foi pouco) e se empata (e parecia que só seria isso em Buenos Aires) como se fosse igual. Palmeiras não é isso. Pobreza técnica em alguns lances. Falta de ideias de jogo e de jogadas em outros. Brechas táticas na entrada da área. Saída de jogo e de campo como se não tivesse entrado pra jogo de Libertadores.
Não exijo a bola de Jair, mas quero o time bolado assim – com responsabilidade. Não peço a inspiração divina do Ademir que hoje aniversaria, mas quero um presente de alguém de garra e de grito desse Jair – com responsabilidade. Quero um time que jogue e se jogue como decacampeão do Brasil.
Com Palmeirabilidade.