Relações perigosas

(Foto: Reprodução)

Quem atrapalha o Palmeiras é o próprio Palmeiras. A ação covarde de bandidos contra o ônibus antes da partida contra o Junior Barranquilla mostra a relação perigosa existente no clube atualmente.

É difícil saber onde começa e termina o direito de cada um na instituição, seja na direção, patrocinador e torcida uniformizada. O que é fácil saber é que cada um pensa no seu.

A mesma torcida que xinga e agride é agraciada com grande parte do financiamento para o Carnaval pela mesma patrocinadora do clube.

Leila Pereira, antes só parceria, agora deseja mais, muito mais. Votação recorde no conselho, mudança estratégica no estatuto e um futuro promissor para chegar ao poder já no próximo pleito presidencial, em 2021.

Há pouco tempo, Paulo Nobre cortou qualquer relação com as uniformizadas. Atitude louvável e pouco comum entre os clubes. O ex-presidente teve defeitos nas gestões, mas acertou ao bater de frente e cortar benefícios, sem se curvar a um pequeno grupo de palmeirenses.

Maurício Galiotte optou por fazer o caminho oposto e abrir diálogo com quem dialoga somente quando é interessante. Quando não estão satisfeitos, a saída é o terror e a covardia.

O atual presidente demonstrava pensar diferente de Nobre nessa questão da torcida já quando ocupava o cargo de vice. Esse foi um fator que contribuiu para o início do afastamento dos dois.

Para quem está longe, é impossível entender como um time campeão há quatro meses, que perdeu duas vezes em 20 jogos no ano e saiu do estadual nos pênaltis, é recebido da forma que foi ao chegar no Allianz Parque.

De perto, não é tão complicado assim. O Palmeiras vive relação perigosa há algum tempo.