Relembre golpe milionário envolvendo ex-jogadores do Palmeiras

Gustavo Scarpa move processo que aponta investimento de mais de R$ 10 milhões em criptomoedas com suposto retorno de até 5% ao mês contra Willian Bigode

Gustavo Scarpa está movendo um processo contra Willian Bigode alegando envolvimento do ex-companheiro de Palmeiras em um golpe de criptomoedas em cima do próprio, atualmente no Nottingham Forest (ING), e de Mayke, que segue no plantel palmeirense.

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O ex-meia do Verdão responsabiliza a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, instituição que tem o atacante do Athletico-PR como um dos sócios majoritários. A ação judicial pede o reembolso dos quase R$ 6 milhões investidos e perdidos no golpe da XLAND, empresa de criptoativos.

Capturas de tela divulgadas pela TV Globo revelam conversas entre Gustavo Scarpa e Bigode durante todo o ocorrido, a partir do meio do último ano, em campanha de título brasileiro do Palmeiras. O meia desabafa com o antigo amigo sobre a situação, reclamando que haja pelo menos um pedido de desculpas.

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– O que me deixa mais triste nisso tudo é que até agora não teve nenhum pedido de perdão. Decepcionante. Eu achava que você iria me defender com tudo o que fosse possível, de todas as formas. Vocês não fizeram nada por mim nesse assunto, em me ajudar. Falo de coração, estou muito triste – escreveu o ex-camisa 14 do Verdão no dia 7 de novembro de 2022, um dia depois do jogo contra o Cuiabá, em que Scarpa foi poupado.

Mayke, Scarpa e Willian
Mayke, Scarpa e Willian em tempos de Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Scarpa conseguiu a concessão de Tutela de Urgência Cautelar para bloqueio e arresto de valores depositados em contas bancárias, bens e imóveis, ativos financeiros de criptomoedas, dentre outros bens possíveis e passíveis de penhora em nome dos réus, incluindo Bigode, para resguardar o cumprimento da obrigação de restituição do valor de R$ 5.360.000,00 reais investidos.

O que diz a defesa?

A defesa de Willian alega que a empresa não teve envolvimento direto no golpe, assim como não ficou muito “bem explicado” por qual razão o autor da acusação incluiu os sócios na questão.

Segundo a equipe de Bigode, a WLJC é uma pessoa jurídica, logo, o patrimônio dos sócios não poderia responder neste tipo de caso. Ainda de acordo com a defesa, não há como responsabilizar a empresa por “mera parceria” com a XLAND, tampouco considerá-las do mesmo grupo econômico.

O que Scarpa pede?

O pedido final de Scarpa é que seja declarada por sentença a rescisão do contrato, além da nulidade da cláusula de multa por rescisão imotivada, por violar o preceito determinado no artigo 51 §1º incisos I, II e III do Código de Defesa do Consumidor ou, no mínimo a redução da penalidade imposta no patamar de 20% do valor investido.

Atualmente o processo encontra-se em andamento na décima vara cível do foro Central da Capital de São Paulo. Os ex-companheiros de Palmeiras não se falam mais.