Durante reunião no Palmeiras, Leila Pereira rebate protestos e afirma: ‘Não tenho medo de nada’
Assinaturas em pedido de esclarecimentos cresceram 65% entre conselheiros
Aconteceu na noite desta segunda-feira (23) mais uma reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Palmeiras na sede social do clube. Conselheiros e a presidente Leila Pereira estiveram no evento, que ficou marcado por discussões entre situação e oposição na política do clube.
Depois de ter recebido pedido de esclarecimentos sobre alegações de tratamento discriminatório, em documento assinados por 43 membros do Conselho, a presidente Leila Pereira foi a última a falar sobre o momento político do clube, rebatendo os questionamentos.
— Eu não tenho medo de absolutamente nada. Eu tenho coragem para mudar de ideia e tenho a coragem de ser a presidente desse clube gigante. E nós sabemos onde queremos chegar. E não vai ser meia dúzia ou 26 que vão tirar a gente do caminho. O Palmeiras precisa de gente corajosa como a presidente de vocês. Eu não desisto em hipótese nenhuma. Eu sei que a grande maioria de vcs está ao meu lado. Minha coragem vem de vocês.
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VEJA NO NOSSO PALESTRA
Torcida do Palmeiras protesta contra Leila Pereira na entrada do Clube Social
O número de assinaturas representa um aumento de 65% em relação ao requerimento anterior, no qual 26 conselheiros pediram explicações em relação à aquisição de um avião pela presidente do clube.
Sem José Roberto Lamacchia, seu marido, e conselheiros do Palmeiras ao lado, além de um baixo quórum na sessão, Leila refutou a suposta falta de transparência e disse que o único erro de sua gestão se deu no aspecto de contratações para o elenco:
– É muito difícil arrumar algum objeto para criticar nossa gestão. Até concordo que erramos nas contratações que fizemos. Mas esse outro tipo de críticas como falta de transparência e conflito de interesses não existem na minha gestão.
PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS
No documento assinado nesta segunda-feira (23), os signatários solicitam ao presidente do Conselho, Alcyr Ramos da Silva Júnior, que ele anulasse a punição imposta aos opositores e fornecesse uma resposta por escrito em até cinco dias. O grupo também requisitou a criação de uma comissão para discutir a transparência do processo.
– O ato de discriminar conselheiros, seja limitando seletivamente benefícios ou dificultando o acesso a eventos institucionais, com base em sua livre atuação política, que no caso se limita a solicitar esclarecimentos, não apenas viola o livre exercício das convicções políticas dos conselheiros em questão, mas também de todo o Conselho Deliberativo da SEP, algo sem precedentes na história do clube – diz parte do documento divulgado pelo ‘uol’.
Além da pressão por parte dos conselheiros, a presidente lidou com uma grande mobilização por parte da torcida. Antes da reunião do Conselho Deliberativo, centenas de torcedores protestaram na porta da sede social do clube no início da noite desta segunda-feira (23). O ato foi convocado pela principal torcida organizada palestrina, a Mancha Alviverde, e também contou com bom apoio de torcedores comuns.
Em recente entrevista coletiva para veículos selecionados, Leila classificou a oposição do Palmeiras como destrutiva e passou a ampliar as medidas restritivas contra críticos de sua gestão. Na última semana, a empresária removeu do clube 46 consulados que assinaram documento criticando sua administração.
Como resposta à medida de autoridade, 63 consulados emitiram um novo comunicado na tarde da última segunda-feira (23), pouco antes dos protestos na sede social. Eles expressaram repúdio contra as medidas tomadas pelo departamento de interior do Palmeiras, parte da diretoria que cuida dos consulados nacionais e internacionais.