Ricardo Oliveira relembra derrota diante do Palmeiras na Copa do Brasil 2015: ‘Tínhamos condições de vencer’

Ex-atacante anunciou oficialmente aposentadoria e classificou a final como maior decepção que viveu no futebol

Aos 43 anos, Ricardo Oliveira anunciou oficialmente a aposentadoria. Em entrevista ao “ge”, o atacante, que defendeu o Brasília no início da temporada, admitiu que pendurou as chuteiras e relembrou passagens da longa e vitoriosa carreira no futebol.

Um dos episódios relembrados pelo atacante foi a icônica final da Copa do Brasil de 2015. Na época, Ricardo defendia o Santos, e perdeu a decisão para o Palmeiras. O jogo ficou marcado por diversas trocas de farpas entre os dois lados, especialmente entre o agora ex-jogador e o goleiro Fernando Prass.

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Ainda ao “ge”, admitiu que foi a derrota mais dolorosa da carreira. Para ele, o Santos tinha totais condições de sair do Allianz Parque com a taça em mãos. O ex-camisa 9 relembrou que o Peixe vinha de sequência embalada e que a decisão ficou no detalhe dos pênaltis. Aquela foi a primeira conquista do Verdão com a Crefisa e no Allianz Paraque.

– Sem sombra de dúvida. Nós tínhamos totais condições de sermos campeões. Se não tivessem adiado aquela aquela final… Mudaram a data, e o nosso time estava embaladíssimo. A gente vai para um jogo depois de uma semana e tal, e a gente perde. Estava 2 a 0 para o Palmeiras, eu fiz o gol, e levamos para os pênaltis. A gente teve mais uma oportunidade ali, mas, infelizmente, não deu. A gente merecia muito – relembrou.

Ricardo ainda relembrou que a vitória santista no jogo de ida ficou barata – o time perdeu um pênalti com o próprio atacante e um gol sem goleiro no último lance. Para ele, o clima de derrota invadiu o vestiário após a primeira decisão.

– No segundo jogo nós não merecemos, não jogamos nada. O que ficou marcado da primeira final foi aquele último lance, a bola do Nilson. Não entrou e ganhamos de 1 a 0, ficou um silêncio na Vila, um silêncio no vestiário. Aí eu entro, vejo aquele silêncio e tento de alguma forma jogar para cima, não é? Pô, ganhamos de 1 a 0, uma final, um time difícil, parece que a gente perdeu o campeonato. Mas aquele sentimento parece que tomou conta de todos e era praticamente inútil tentar jogar pra cima. Recebemos uma carga ruim, tipo assim: ganhamos o jogo, mas perdemos o título. Isso no vestiário. Mas, depois, durante a semana, o trabalho volta e todo mundo está “vamos para cima que vai dar “ – concluiu.

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Após o apito final os jogadores do Verdão chegaram até a colocar máscaras que ironizavam Ricardo Oliveira. Depois de oito anos, avalia a provocação como algo válido e natural jogo, aproveitando para alfinetar e relembrar os gols que fez contra o time palestrino.

– Porque eu fazia muito gol, cara, fazia muito gol contra o Palmeiras, está claro. Eu fazia gols bonitos e tinha um pouquinho dessa perspicácia provocativa, eu gostava. Nessa época tornou-se a maior rivalidade de São Paulo (o clássico) Santos e Palmeiras, porque ambos chegavam na frente, estavam sempre disputando. E os jogos eram muito quentes, né – analisou.

Após 2015, no entanto, os times tomaram rumos diferentes. O Santos conquistou apenas dois campeonatos estaduais, enquanto o Palmeiras foi bicampeão da Libertadores, tricampeão do Paulistão, tricampeonato do Brasileirão e conqusitou outra Copa do Brasil. Os rivais se encontraram na decisão da Libertadores de 2020, vencida pelo Alviverde.