Rinaldo fez 4 em Palmeiras 5 x 0 Vasco, no Robertão-67

5 a 0 Palmeiras no Pacaembu contra o Vasco, pela terceira rodada do Robertão-67. Para “O Globo”, no Placar Moral de chances criadas, deveria ter sido 8 a 0 para os paulistas contra um “time de várzea” como foi o carioca, na opinião do jornal.

O Palmeiras não precisou jogar “nem 40% do seu excelente futebol” para golear. No segundo tempo, segundo o diário carioca, metade do time do Vasco respondeu na porrada ao olé palmeirense. Entre eles os futuros zagueiros campeões mundiais em 1970: Brito e o violento Fontana. Salomão foi o único expulso, aos 35 do segundo tempo. Quando já estava 4 a 0.

O Palmeiras soube aproveitar melhor o gramado enlameado. Servílio e César, mais uma vez, se entenderam muito bem, com a guarida de Zequinha e do maestro Da Guia. O ponta peruano Gallardo teve trabalho pela direita para vencer o bom lateral Oldair. Mas, pela esquerda, Rinaldo, que acabaria a rodada como artilheiro do Robertão com 6 gols em 3 jogos, foi um inferno.

Aos 19, aproveitando uma bola que sobrou de César depois de falta cobrada por Servílio, Rinaldo abriu o placar na falha da linha de impedimento vascaína.

Aos 25, Gallardo deu uma sapatada em cobrança de falta que passou no meio da barreira. O goleiro Edson nem foi na bola. Foi o castigo à porrada do violentíssimo Fontana em César. Ele veio a cavalo como o zagueiro que jogava quase tanto quanto batia. 2 a 0 Palmeiras.

Valdir só fez uma defesa no primeiro tempo numa falta de Oldair. Na volta do intervalo, a chuva ainda mais forte fez soçobrar a nau vascaína. Aos 8, em falha de Brito, Rinaldo fez o terceiro gol. Com 3 a 0, Aymoré Moreira abusou do direito que sobrava no Robertão, e não nos estaduais. A futura regra 3. A que permitia alterações. Trocou 3 jogadores. Dudu fez a de Zequinha na cabeça da área. Jair Bala foi mais incisivo do que Servílio. Doná (que seria goleiro do XV de Piracicaba na decisão do SP-76) deu um descanso a Valdir, que sentiu lesão muscular na coxa direita e, por precaução, deixou o campo.

Mas o Palmeiras não tirou o pé do acelerador. Antes de Tupãzinho (de contrato renovado por apenas mais três meses!) substituir César, o Maluco foi derrubado por Edson. Pênalti que Rinaldo guardou, aos 16. 4 a 0. Como também faria de pênalti o quinto, aos 35. O quarto dele. Ademir e Tupãzinho ainda perderiam grandes chances para ampliar.

Rinaldo foi o melhor em campo, seguido por Djalma Dias, Ademir da Guia, Servílio e Zequinha.

Para o treinador vascaíno Zizinho, “nosso time jogou pessimamente. Não conseguimos sair da linha de impedimento do adversário”.

Aymoré gostou da terceira vitória em três jogos e da acentuada melhora no desempenho da equipe que começara tropeçando a temporada. Liderança absoluta do grupo e de todo o Robertão.

O presidente Delfino Facchina e os diretores Ferrucio Sandoli e Ernâni Matarazzo garantiram bicho maior pela vitória por causa do saldo. Foi de 200 mil cruzeiros novos.