Ou Roger muda ou mudam Roger: o cerco está se fechando
O trabalho do treinador do Palmeiras estagnou. O time, que vinha evoluindo até a final do Paulista, que faz ótima campanha na Libertadores e que parecia ter encontrado um modo consistente de jogar se foi. O Palmeiras está adormecido.
Roger não é um técnico fácil. Tinha uma relação ruim com Tchê Tchê, por exemplo. Com Dudu, que ontem chutou o que viu pela frente ao ser substituído, o trato era apenas protocolar. Vai piorar após a reação do camisa 7 ao ser sacado. Mas nada disso seria problema grave se suas ideias estivessem funcionando no campo. Não estão.
O Palmeiras deu sono contra o Cruzeiro. Em que pesem a virose de Keno, principal jogador do time no ano, e a inexistência de um substituto com as características de posicionamento de Borja, o Palmeiras esteve travado no Mineirão.
Lucas Lima está minguando. Dudu tornou-se um burocrata. William não teve uma chance real. Os melhores lances do Palmeiras foram chutes de longe, com Victor Luís e o próprio Dudu.
A entrada inoperante de Hyoran também demonstra que o problema vai além do ânimo dos jogadores.
Está certo que Mano Menezes, gostem ou não os palmeirenses, é um técnico extremamente competente. Mas Roger tem de achar alternativas. Se tanto estuda, se tem a tática como algo tão relevante em seu arsenal, não pode simplesmente aceitar o travamento de seu time diante da marcação rival.
A entrada de Deyverson para ganhar as bolas pelo alto dando “casquinhas” de cabeça é recurso muito pobre para quem é visto como um exemplar da nova geração de técnicos modernos do futebol brasileiro.
Infelizmente, Roger está pendurado. E o clássico contra o São Paulo, em situação oposta à alviverde, já não vai bastar para tirá-lo do gancho. Tem obrigação de vencer e de seguir vencendo, se quiser seguir empregado.
Como? Espero que ele já tenha passado a última noite em claro, tentando descobrir.