Ruim para todos: Palmeiras 1 x 1 Corinthians

20h48 no Pacaembu em noite de Derby. Michel mandou uma bomba no ângulo de Weverton. Golaço, aos 46 finais. Era apenas a quarta chance corintiana no clássico, depois de um pavoroso segundo tempo que só não foi goleada do mandante porque Walter fez três grandes defesas (um pênalti). O BR-19 era praticamente e merecidamente rubro-negro com a derrota iminente e imerecida do vice-líder.

20h50. Um bate-rebate depois de escanteio desta vez sobrou para Bruno Henrique fuzilar Walter e fazer aos 48 um placar um pouco mais próximo do que foi o jogo. Ainda assim quase todo alviverde, com 13 chances contra 4 alvinegras.

Coelho em menos de uma semana mudou a mentalidade corintiana. Ao menos na primeira etapa… Também porque parece que parte dos atletas quiseram não só atacar mais, mas também jogar mais. Já havia mostrado mais disposição nos 3 x 2 no Fortaleza, e também no início do Derby. Uma equipe mais voltada ao ataque, em um 4-1-4-1 com variantes. Com a bola, Michel alargava o campo pela direita, com Janderson pela esquerda, Avelar mantendo o balanço defensivo. Júnior Urso fechava para liberar Pedrinho (por dentro) para encostar em Boselli. O Corinthians começou melhor. Mas a partir de 20 minutos, o Palmeiras equilibrou e criou mais chances. Mas não tantas. A melhor com o sempre decisivo Dudu dos clássicos, que limpou quase toda a marcação alvinegra para Scarpa mandar rente à trave.

Sem a bola, o Corinthians se fechava no 4-4-1-1, com Júnior Urso pela banda direita, liberando Pedrinho para acompanhar Thiago Santos. O Palmeiras melhorou quando botou a bola no chão, e os meias Dudu, Scarpa e Zé Rafael rodaram mais na frente. O problema foi Deyverson voltar a se desentender com a bola. Luiz Adriano fez muita falta. Como Fagner mais do que Cássio.

Mas, depois do intervalo, até Deyverson jogou mais. O Palmeiras, muito mais. O Corinthians recuou. Foi amassado também pelos passes errados, mesmo quando Coelho mandou bem aos 34, sacando o inoperante Ramiro para dar a Boselli a companhia de Love. Também por isso faria o lance que daria no golaço.

Mas faltou o pé para balançar a rede de Walter. Quando houve a chance com o pênalti da mão da bola de Manoel marcado pelo VAR, Scarpa bateu forte, mas o goleiro corintiano foi melhor, aos 31. O Pacaembu em noite de Porcoembu murchou. E mesmo assim, e ainda menos com Carlos Eduardo na ponta e Borja na frente, o Palmeiras mandaria bola ma trave e mais duas chances até o gol que empatou o Derby emocionante.

Mas que no frigir das bolas faz os dois perderem dois pontos que deixam o Corinthians mais longe do sonho – ainda possível – de Libertadores. E o Palmeiras, de mais um título – cada vez menos possível.