Sala Sensorial: Allianz Parque conta com espaço de inclusão e conforto aos autistas

Local foi inaugurado em fevereiro deste ano pela WTorre e tem a participação de funcionários da clínica ABA, referência nesse tipo de atendimento

Nesta terça-feira (18), é celebrado o Dia do Orgulho Autista. E a inclusão é um tema cada vez mais presente nos dias atuais. Setores da sociedade têm trabalhado no suporte e na criação de condições para permitir que pessoas com algum tipo de transtorno, físico ou mental, tenham também a possibilidade de viver e experimentar situações normais do cotidiano. E isso se aplica ao esporte.

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Em um estádio de futebol, estímulos ambientais como luzes, sons, texturas e multidão podem ser percebidos de forma muito mais intensa e desencadear crises em pessoas que apresentam o TEA (Transtorno do Espectro Autista). O Allianz Parque, em São Paulo, conta com um local que oferece todo o acolhimento para que os palmeirenses portadores do TEA possam acompanhar o time do coração: a sala sensorial, inaugurada pela WTorre no começo deste ano.

– O Allianz Parque é um local que visa promover experiências memoráveis para as pessoas. Recebemos um público muito diverso na arena e desejamos que todos se sintam incluídos e atendidos em suas diferentes características e necessidades – afirma Adriana Martins de Oliveira, gerente de sustentabilidade da WTorre.

Localizado no quarto andar, o espaço conta com equipamentos adaptados e profissionais capacitados para intervir e auxiliar em qualquer caso. A sala também recebe pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Desenvolvimento de Linguagem (TDL) e Síndrome de Down.

– O grande diferencial da nossa iniciativa são os terapeutas, que têm condições técnicas para avaliar a necessidade do torcedor e propor o melhor suporte para que tenha a segurança emocional que necessita – completa.

A sala foi projetada para atender pessoas com desenvolvimento atípico com diferentes níveis de suporte. Isso quer dizer que, ao mesmo tempo, é possível atender pacientes de nível 1, 2 e 3. Os profissionais que trabalham no local são da clínica ABA, referência no atendimento a essas especialidades e que possui mais quatro unidades no estado. O espaço foi construído no estádio palmeirense com patrocínios, Instituto Adimax, Inova TS Engenharia, Spider Projetos e Equipamentos, Daikin Confort, Saint-Gobain, JL Planejados.

Entre as principais características da Sala Sensorial, destaca-se que o local foi projetado com tratamento acústico, o que reduz o som externo em 40 decibeis. Além disso, o chão e as paredes possuem identificação com grafismos de quebra-cabeças, que ajudam as pessoas neuro-divergentes a identificarem o local.

– O quebra cabeça é o símbolo mais conhecido na comunidade autista. O grafismo que começa na parede e segue no chão também é importante para a regulação dos pacientes – ressalta Adriana Martins.

Nos dias de shows e jogos, o atendimento na sala sensorial é gratuito. O número de profissionais da ABA que é disponibilizado varia de acordo com o perfil do evento e a quantidade de público. Em dias normais, o atendimento de reabilitação é feito das 8h às 18h. É possível usar o convênio médico ou fazer o pagamento de maneira particular.