Gustavo Scarpa foi alvo de golpe milionário enquanto passava por momento decisivo no Palmeiras. Hoje no Nottingham Forest, da Inglaterra, o ex-jogador do Verdão tenta reaver quantia investida em criptomoedas desde o segundo turno do Brasileirão do ano passado.
O meio-campista aplicou R$ 6,3 milhões na empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, empresa que tem Willian Bigode como sócio. Além dele, Mayke investiu R$ 4 milhões e, de acordo com o ge, há indícios que Weverton também tenha negociado com a empresa.
O contrato previa retornos mensais de 3% a 5%, taxas muito acima do mercado. Para tentar dar credibilidade ao negócio, a empresa anunciou ter patrimônio de R$ 2,1 bilhões, distribuído entre pedras de alexandrita – mineral valioso -, chácaras e outros terrenos.
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Assim que tentou resgatar o dinheiro pela primeira vez, em agosto de 2022, Scarpa começou a se dar conta que havia algo errado.
Em reportagem do Fantástico, exibida neste domingo (12), foram reveladas conversas entre o atleta e os representantes das empresas envolvidas. Em um dos trechos, o jogador cobrou Gabriel Nascimento, um dos donos da Xland, pela devolução do montante. A resposta de Gabriel, então, surpreendeu Scarpa.
– Fica em paz que eu quero lhe pagar. Não quero ficar recebendo mensagem sua direto, não. Não aguento mais receber mensagem sua – afirmou o empresário por mensagem.
Ao passo que respondeu o jogador:
– Não aguenta mais? Você me rouba, e você não aguenta mais? Você roubou minha família.
O outro sócio da empresa, Jean Ribeiro, também foi cobrado diretamente por Scarpa, que questionou as garantias do negócio.
– Cadê os seguros das pedras preciosas? Cadê tudo aquilo? Tudo patifaria. Eu me meti com estelionatários. Jamais imaginei passar por isso na minha vida.
Enquanto tentava resolver um grande problema pessoal, o então camisa 14 do Palmeiras brilhava em campo na campanha do Brasileirão. Eleito melhor jogador da competição ao final do torneio, o meia comandava o time rumo ao título brasileiro.
No dia de confirmar a conquista em campo, contra o Fortaleza, Gustavo Scarpa foi surpreendido com outro movimento suspeito da Xland. Depois de muitas cobranças, a empresa enfim garantiu que transferiria o dinheiro ao atleta. O que ele não contava é que o valor repassado seria menos de 0,02% do investido.
– Quando chega na minha conta R$ 1,2 mil, eu falei: “Eles estão de sacanagem com a minha cara. Não é possível”. Eu tendo final de campeonato hoje, completamente desconcentrado. Por que você não me faz a transferência agora, nesse exato momento? – indagou o jogador a Gabriel Nascimento, que repetiu a promessa e, novamente, não cumpriu.
Em seguida ao título, o meia e o lateral Mayke registraram Boletim de Ocorrência contra a Xland e a WLJC, de Willian Bigode. Ambos terminaram a temporada em grande fase, prestigiados por Abel Ferreira. Apesar disso, o sentimento preponderante para Scarpa não era de felicidade.
– Eu, campeão brasileiro, quase que chorando por dentro. Comemorando, e um vazio, falando: “Mano, onde eu fui me meter?” Que arrependimento do caramba – lamentou o jogador em áudio.
Sócio da WLJC, Bigode afirmou também ter sido lesado pela empresa de investimentos. Em nota publicada por sua assessoria, ele alegou ter perdido R$ 17,5 milhões em aplicações.
Inicialmente, o jogador havia tido as contas bloqueadas em conjunto com as da Xland e dos demais sócios da WLJC. A Justiça, entretanto, anulou a decisão e manteve somente as contas de Gabriel Nascimento e Jean Ribeiro retidas.
Além disso, foi determinado o bloqueio de R$ 13 milhões dos bens da Xland. No entanto, apenas a quantia de R$ 80 mil constava nas contas da empresa.
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