Sem gols e graça: Santos 0 x 0 Palmeiras

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)

Apenas três chances de gol do Santos e só duas do Palmeiras. Um clássico entre colossos não pode ser só isso – como foi mais um clássico de pouca bola e chances no SP-20. Mas era o máximo que o primeiro tempo sonífero conseguiu propiciar no estádio com torcida única. A segunda etapa foi um pouco melhor, mais aberta e emocionante. Mas também não foi boa pelos muitos erros técnicos das equipes. Como a arbitragem que, aos 6min, anotou erradamente um impedimento do estreante Rony pouco antes dele dar uma puxeta que Pará interceptou com a mão. O árbitro marcou o pênalti. Mas não pôde prosseguir na marcação pelo erro do seu assistente.

Muito mais do que isso não mereciam os dois times. O Santos até começou melhor, jogando nos 15 minutos iniciais no Pacaembu o que não havia jogado antes no SP-20. Yuri Alberto (que há mais de um ano não atuava no time, e menos ainda aberto pela esquerda) começou bem. Mas Soteldo pela direita não rolou. Sasha apenas correu. Sánchez e Pituca pouco armaram. Os laterais não passaram. E foi pouco.

Ainda assim mais do que o Palmeiras (nos 45 iniciais), que só foi ter oportunidades na segunda etapa, depois que Luxemburgo optou pelo que parece ser o melhor para a hora: Gabriel Veron pela direita, Dudu por dentro (no lugar do inoperante Raphael Veiga), Rony bem pela esquerda, e Willian como centroavante no lugar do discreto Luiz Adriano. A saída do lesionado Viña (que estava muito bem) para a entrada de Diogo Barbosa tirou um pouco da força alviverde. Mas a equipe já foi melhor e as mexidas de Luxas foram mais felizes do que a de Jesualdo (Jobson por Alisson, e Luiz Felipe na zaga, com Luan Peres na lateral).

Quatro mexidas no intervalo mostra bem o que foi ruim o primeiro tempo. A segunda etapa já dá uma mostra mais próxima daquilo que deverá ser o Palmeiras em 2020 (um time veloz e insinuante). E melhor do que está o Santos, que não tem potencial técnico para ser melhor do que o Palmeiras. Mas que pode ser melhor do que tem sido até agora.

PS: EU teria dado amarelo pra Felipe Melo na primeira etapa na entrada em Yuri Alberto. Mas o vermelho não seria exagero. Exagerada foi a reação dele pelo cartão que mereceu.