Sou P na vida
Somos, por definição, P da vida. P na vida. De Palestra e Palmeiras, Periquito e Porco.
Se eu fosse só palmeirense (a melhor coisa que eu sou não pelo que faço, mas pelo que sou), já teria escrito aqui antes. Mas pelo Palmeiras ter me dado há 28 anos o meu ofício, passei o dia gravando o documentário do último dia dos 23 anos de carreira do Zé Roberto. Um cara que nos ensina sempre o que é óbvio: o tamanho do nosso clube. E como precisamos fazer bem feito e com equilíbrio em tudo.
O Palmeiras não fez bem e nem jogou com equilíbrio contra o Cruzeiro. O bem armado time de Mano fez um belo gol de contragolpe, depois teve mais um lance, e mais não atacou. O Palmeiras errou uma vez atrás no gol de Barcos, e muito mais não acertou na frente. Quando “empatou”, o árbitro errou ao marcar uma falta que não foi de Edu Dracena, e instantes antes errou ainda mais ao esquecer que com o VAR poderia esperar o lance se definir para depois analisar.
A regra é interpretativa. É preciso respeitar a opinião alheia. Até dos amigos do alheio. O lance parece o do Derby no BR-16, quando eu não marcaria falta em Prass – mas teria marcado antes o impedimento do corintiano. Um erro corrigiu outro e acabou se acertando. Aqui um erro potencializou outro. Como no último Derby o árbitro não marcou dois pênaltis num só lance em Deyverson e Marcos Rocha.
Irrita até um Ademir da Guia e um Zé Roberto. Tanto quanto a má atuação da equipe. Em ambos os casos, só tem uma solução para resolver: trabalhar.
E dar um tapa na cara com responsabilidade na própria língua para não se perder. “Vence quem se vence” é nosso mote em latim. Não é latindo que viramos esse jogo. Mas é mordendo mais e se jogando muito mais para na se perder nem no já-perdeu como no já-ganhou.