Thiago Santos, fly Big Dog!
Thiago Santos vai pra Dallas. O cara que chegou calado no Palmeiras e vai sair do mesmo jeito. No modo mudo. No mundo da mídia que perde porque pede para que se grite, bata no peito, na cara do rival, tapa na sociedade, SE PENSE EM CAPS LOCK, seja loki como um bando.
Thiago Santos não era o 5 dos sonhos. Mas não nos deixou sem dormir. Errou menos passes do que a gente quis contar. Ajudou a conter as pressões desarmando espíritos e adversários. Protegeu a defesa sendo atacado por isso. Aprendeu a inverter bolas mesmo com narizes torcidos.
Recuperou bolas perdidas por cima. Por baixo nunca baixou o nível. Antecipou-se nos lances respondendo na bola às críticas antecipadas. Deu botes que nos salvaram algumas vezes. Remou sempre a favor. Junto. Como sempre chegou na hora e no instante.
Dobrando marcação e desdobrando-se para não ser tão marcado pelos cricríticos. Ele joga para os outros como nós. Não pra ele. Não é arte o futebol dele. Mas é o que constrói um time forte e eficiente como ele.
Não precisa ser titular. Mas todo time precisa de um Thiago Santos como reserva de intensidade. Nosso combustível. Lá dentro. E principalmente fora do campo. Para carregar piano e recarregar bateria.
Ele vai pra Dallas. Deixa pra nós dois canecos que devemos erguer como brinde.
Não é craque. E sabe que não é. Mas é dos nossos. E quero que saiba sempre que será.