Torcida que canta e vibra e vence: Palmeiras 2 x 1 Ceará

Um sufoco só. Parecia até o Palmeiras e o Felipão. Embora esse Palmeiras do Felipão, ou melhor, esses Palmeiras do Felipão alternativos que venceram 9 jogos e empataram 3 vezes no BR-18, pouco têm sofrido. Por inegáveis méritos próprios e indiscutíveis deméritos rivais.

Mas Deyverson devyersou aos 46 do primeiro tempo e foi expulso merecidamente, escalando o sufoco pra segundo etapa. A justa vantagem de dois gols em quatro lances criados pelo Palmeiras, ambos do aniversariante Bruno Henrique, já não era tão evidente. O bem armado e abusado Ceará de Lisca (também expulso) criou fumaça logo no início até a infantilidade de Edinho, que cometeu pênalti tolo aos 17, e até o belo gol de BH, numa baita pancada de fora da área, aos 34.

Mas um jogador a menos mudou mesmo o jogo, ainda mais com o Palmeiras em dupla jornada. No gol cearense, uma escolha errada de Lucas Lima em contragolpe perigoso gerou bela resposta de Samuel Xavier, que serviu Arthur Cabral para decretar a Lei do Próximo: o futuro atacante alviverde diminuiu, aos 9. E o que era alegria no Pacaembu cheio mesmo com o inusitado frio paulistano virou tensão pela melhora alvinegra. E, confesso, aos 25, pela entrada em campo de um Ex para invocar a lei: Ricardo Bueno. Um dos mais infelizes camisas 9 da história verde (trazido por Felipão). E ainda vestindo a 99. A do ano da Libertadores verde.

O Ceará chegou. Mas o Palmeiras também respondia bem, com esse impressionante Willian fazendo muito, mesmo isolado na frente.

Mas quem realmente não estava isolado era o Palmeiras. A partir dos 30, e sobretudo dos 40, o palmeirense ganhou no grito o jogo. Segurou a pressão do Ceará no gogó. Cantando e vibrando como se fosse a letra do Hino. Se faltava um lá dentro de campo, sobraram torcedores para equilibrar o jogo e passar a tranquilidade que nem o time estava dando. 
Assim também se ganham jogos. E campeonatos. Quando não é o time que defende, a torcida garante.