Trem ruim: Palmeiras 1 x 1 Ferroviária

A Ferroviária chegou três vezes à meta do capitão Weverton: na última delas, aos 32 finais, Bruno Henrique (que havia entrado no lugar do bom Patrick de Paula – que tem merecido a titularidade) largou Toni sozinho… O barbudo meia da Ferroviária empatou no Allianz Parque, em tarde de ótima campanha da FPF em defesa da mulher nos estádios, em mais um jogo em que o ingresso foi caro demais. Também pela atuação palmeirense pobre oara tamanho investimento.

Luxemburgo tinha que mesclar o time por ter atuado na quarta-feira em Buenos Aires e por voltar a campo já na terça, contra o Guaraní do novo país de Ronaldinho Paraguaio, opa, Gaúcho. Apenas Weverton, o incansável Gómez e Rony (que precisa mesmo jogar mais vezes e vai acabar jogando melhor do que tem atuado) estavam entre os atuais titulares palmeirenses. Mas erros individuais e mais uma vez o espaçamento entre meio e ataque impediram melhor atuação coletiva. Ainda assim o time criou 9 chances contra um terço delas do time de Sérgio Soares.

Luan Silva estava bem na frente até sentir lesão e sair da equipe, aos 43. Mas ela ficou naturalmente melhor com Willian. E ficaria ainda melhor com Dudu pela direita no lugar de Scarpa (que de novo não aproveitou a chance pelo setor do 4-2-3-1 verde). Lucas Lima esteve mais vivo. Mas ainda não é aquele. Como o Palmeiras também não tem sido. Em tarde que tinha tudo para se dar melhor depois da inesperada derrota no ABC do líder Santo André para o fraco Oeste.

Era o jogo para o Palmeiras fazer a diferença na tabela. Algo que não rolou pela falta de bola, pontaria e, também, apetite.

A vontade que nem sempre parte desse elenco parece ter em momentos de decisão. Algo que independe de talento. Mas de fibra. Aplicação. Superação. Quando não mesmo de identidade. Como a que tem o auxiliar-técnico de Sérgio Soares, que se sentia na sua casa. Na nossa.

Denys.

Lateral palmeirense de 1983 a 1989. Prata da casa que virou chumbo quando falhou num lance decisivo do SP-86 contra a Inter de Limeira. "Eu trocaria tudo na minha carreira só para não ter falhado naquela bola do gol do Tato. Daria tudo para ter sido campeão pelo Palmeiras" que é dele de berço. Não só por ter começado lá. Por ser um cara de arquibancada desde menino. E, mesmo já adulto e profissional, ainda ser um torcedor de arquibancada. Daqueles que suam e sofrem pelo time. Daqueles que são exemplos de torcedores em campo.

Denys não conseguiu ser pelo Palmeiras tudo que o Palmeiras é pra ele. Mas ele tentou. Como esse elenco e essa comissão técnica têm que tentar mais. Têm que ter o que Denys sempre teve. O que milhões de Denys temos pelo nosso time.