Turma do maní. Melgar 0 x 4 Palmeiras.
"Eles são as maiores cornetas do futebol brasileiro. Aquele pessoal come muito amendoim. A casca deve cair na roupa e eles ficam muito irritados. Embora eles não queiram, estamos progredindo”.
Luiz Felipe Scolari; no vestiário do Palestra, depois da virada contra o Guarani por 2 a 1, em 21 de março de 1999, pelo Paulistão. Felipão sem querer criou há 20 anos a expressão “turma do amendoim” para a eterna cornetagem palmeirense – também uma expressão criada no próprio clube, no início da década de 1960.
Em Arequipa, depois da justa e ótima goleada classificatória por 4 a 0 contra o frágil Melgar, Felipão seguiu irritado com meia dúzia de palmeirenses 171 que gostam mais de encher o saco do que torcer. Mesmo com alguma razão e muita emoção pelo desempenho discutível da equipe em 2019. Em espanhol, os que apoquentaram jogadores e treinador são a “turma do maní”. A turma do amendoim.
E são mesmo mais chatos do que nós – jornalistas esportivos e palmeirenses.
Gómez fez 1 a 0 de cabeça na primeira chegada em belo passe de Scarpa, aos 9, e já dava pra não chiar tanto com o time. Em grande atuação, o meia bateu lindo de canhota e ampliou aos 21. A equipe não sentiu tanto as duas semanas e meia sem jogo. Nem precisou que Dudu, Scarpa e Zé Rafael se mexessem tanto lá na frente.
Na segunda etapa, treinando, Scarpa fez 3 a 0. Moisés faria 4 em lance de impedimento de Hyoran. E se fosse preciso o Palmeiras teria feito mais pela atuação segura, consistente e inteligente, pensando na estreia no BR-19, já no domingo.
Jogo maduro como foi Deyverson ao não cair nas provocações e pancadas rivais. Como não pode o elenco se perder com gente que só quer perder no grito com cobranças além do bom senso.