Um gol perdido atrás do outro: Palmeiras 5 x 1 Sport
O Palmeiras em 2017 poderia ser resumido a mais um gol perdido por Deyverson, aos 9 minutos do segundo tempo: depois de uma primeira etapa toda do ameaçado Sport, o Verdão voltara melhor. Pelo menos a partir dos 45 segundos depois do intervalo, depois de Marquinhos perder a oitava chance rubro-negra, em um primeiro tempo que o Palmeiras só não perdeu por ter Prass, mais uma vez, na meta.
Aos 9, quando os 18 mil alviverdes começavam a calar as cornetas depois de mais de 50 minutos sofríveis, Moisés acertou aqueles passes que ele sabe dar e nem sempre deram certo na temporada. Deyverson matou bonito e tirou a bola de Magrão, que não havia feito defesa alguma. Só que ele também tirou a pelota da meta. Um daqueles gols que só Deyverson consegue perder em um ano mais perdido do que ele.
Pronto. O Allianz Parque pediu Willian Bigode como se fosse Evair. E pediria Gioino, Rodinaldo, Zé Carlos Paulista, Alex Afonso, Ricardo Bueno do mesmo modo. Não era mais jogo para Deyverson. Não é possível ter gasto 5 milhões de euros nele e…
Gol de Deyverson. Impedido. Mas gol de Deyverson, menos de dois minutos depois.
O Sport entrou em parafuso. Como qualquer análise equilibrada. Dudu poderia ter ampliado. Mas foi outro dos que foram mal na primeira etapa quem anotou, aos 18: Luan de cabeça, depois de escanteio de Dudu, em mais uma assistência do capitão.
O Sport arriou, como equipe em zona de rebaixamento, como tim que merecia maior sorte no primeiro tempo, e depois definhou. Deyverson fez 3 x 0 em nova falha defensiva pernambucana, aos 33.
Três a zero era demais pelo equilíbrio e jogo aberto. Diego Souza mereceu o seu gol pela luta, aos 38, como o Deus da Raça Wesley mereceu mais uma vez todo o carinho e lembrança do torcedor no Allianz Parque só por ter se levantado para aquecer.
A partida ficou ainda mais aberta. Dudu foi premiado pela insistência, e alguma fome, aos 44. Como Keno também mereceu o dele, aos 47, em novo contragolpe contra o destrambelhado sistema defensivo do Sport.
Mas 5 x 1 foi muito. O Sport teve 17 chances, o que é demais. O melhor ataque do BR-17 teve 14. E marcou cinco vezes num segundo tempo ótimo depois de mais um tempo medíocre.
Pouco para tanto investimento. Ainda menos para tamanho Palmeiras. Uma equipe que pareceu aquele gol perdido do Deyverson. E, na sequência, virou a expectativa.
Parece mesmo o Palmeiras de 2017. Ainda que não parecesse o Palmeiras esperado.