Uma boa partida ruim: Atlético Mineiro 1 x 1 Palmeiras
Foi um grande jogo pequeno. Duas equipes pedindo para perder e empatando uma disputa bisonha de pênaltis contra dois grandes goleiros (Prass e Victor). Eles evitaram um placar maior de um jogo que não merecia melhor sorte.
O Galo precisando mais do que o Verdão. E não fazendo por onde. Fred mal como esteve no pênalti muito bem defendido por Prass, aos 28. Pênalti tão desnecessário de Egídio como seria o cometido por Luan, aos 44, que Fábio Santos converteu, empatando o placar aberto por Deyverson, aos 32, em belo lance de Willian.
Com Luan justamente expulso, esperava-se que o Galo, arrumado em um 4-2-3-1 básico, mantivesse o desempenho melhor na segunda etapa. Cuca teve de desfazer seu 4-3-3 sacando Guerra, recompondo a zaga com Juninho, passando Edu Dracena para o lado direito, isolando ainda mais Deyverson, e fazendo um básico 4-4-1.
Mas foi o Palmeiras que voltou melhor. Ou menos pior. Ganhou outro pênalti tolo na partida, de Leo Silva, que Deyverson acabou mostrando o porquê de ter sido melhor não ter batido contra o Barcelona. Recuou para Victor, depois de muita frescura. O Galo não reagiu. Mesmo com Robinho para qualificar a armação, em um 4-1-4-1 com Elias na cabeça da área, o Atlético só criaria mesmo nos últimos 15 minutos, depois de Willian ser tolamente e justamente expulso (como também deveria ter sido excluído Valdivia, que revidou as três entradas feias de Willian no lance).
Se Fred ainda pode reclamar mais um pênalti que poderia ter sido marcado em nova mão na bola besta de Deyverson (assim como o palmeirense também pode reclamar de dois lances, com Willian e Moisés), o atleticano pode de novo cornetar o desempenho decepcionante do elenco que tem. Ainda mais em casa.
O palmeirense pode celebrar outra ótima atuação de Prass. A entrega de quem não foi tolamente expulso e o empate pelas circunstâncias de um time que jogou melhor com 10.
Mas é só. O futebol foi paupérrimo das duas equipes.
Alguns jogos são emocionantes, porém ruins. Algo que esses times não têm o direito de jogar tão pouco em 2017.