VAR apitar mal assim lá em Palmeiras 0 x 1 Cruzeiro
O Palmeiras não jogou bem. O time que não levava gols bobeou no belo lance inicial do Cruzeiro que abriu o placar. Mano, como Felipão, sabe fazer o resultado e, depois, só teve um lance perigoso no final da primeira etapa. No tempo final, Weverton trabalhou tanto como o pessoal do VAR.
Não que eles não quisessem. Mas o árbitro não deixou. Aos 52, apitou um clássico perigo de gol na trombada entre Fábio e os zagueiros mineiros que não sofreram falta de Dracena, na bola que espirrou para Antonio Carlos só não empatar porque o árbitro errou duas vezes: ao não lembrar que tem VAR para dirimir lances polêmicos como esse e apitar imediatamente; ao interpretar que aquilo foi falta.
No Derby o Palmeiras também foi duplamente prejudicado ao não ter dois pênaltis marcados no mesmo lance. No clássico dos Palestras, o futebol pobre e de atuações abaixo da média e acima da irritação de Dudu impediu o empate que o árbitro não deixou. Ainda assim o Palmeiras criou mais oportunidades, mandou bolas na trave contra o excelente Fábio, mas não teve a felicidade de ouros jogos.
Esse é o Cruzeiro bem trabalhado e planejado por Mano principalmente fora de casa. Quando executou Santos e Flamengo e, depois, não soube administrar o empate que servia. Mas se classificou perdendo gols e jogos. Desta vez, fez 1 a 0 bonito aos 5, aproveitando botes erradas e a desorganização defensiva no lance do Palmeiras que só tinha levado dois gols com Felipão. Teve mais um bom contragolpe no lance que lesionou Arrascaeta, no final do primeiro tempo que já controlava pelo nervosismo paulista. E, também por isso, não chegou mais na segunda etapa.
Deu a bola e o campo na segunda etapa ao Palmeiras que não pareceu sentir o gol precoce aos 5 e criou quatro lances até os 13 iniciais. Depois se perdeu nos erros individuais de uma jornada ruim inusitada para o que esse elenco vinha correspondendo. Ainda assim teve seis chances até o final. Uma delas doada por Egídio, que só não fez golaço contra porque Fábio é monstro.
Mas até ele falha. Aos 52, porém, errou bem menos que o árbitro Wagner Reway. Numa bola levantada na base do bumba-meu-porco à área celeste, Fábio se atrapalhou com os zagueiros numa disputa sem falta com E du Dracena. A bola escapou e Antonio Carlos só não empatou porque antes de a bola entrar, o afobado e desatento árbitro esqueceu a recomendação de deixar o lance fluir e, na dúvida, acionar o VAR. Ele já marcou a falta inexistente e impediu o auxílio da tecnologia ao parar antes o lance.
O Cruzeiro que sofre no BR-18 com cinco lances de gol mal anulados, desta vez foi beneficiado no final como o árbitro fizera no final do jogo contra o Santos no Mineirão. Para não se complicar em lance polêmico, optou pela defesa, e foi atacado por todos os lados pelo erro grave.
A irritação pelo lance parecida com a que levou Edilson expulso aos 35 pode ser o combustível para a dura volta em Belo Horizonte. Onde o Cruzeiro perdeu seus últimos confrontos. É mesmo assim saiu ileso. Segue aberta a disputa. Mas o favoritismo trocou de lado.