O Vasco, por Wesley Crowdfodeng, O Infiltrado

ESCREVE WESLEY CROWDFODENG, O Infiltrado (analista de desempenho que contratamos para espiar os futuros rivais e descobrir os nossos furos)

Não é segredo para ninguém que o time do Vasco possui uma equipe limitada tecnicamente – mais ou menos como o Palmeiras de 2014. E com problemas que extravasam as quatro linhas – mais ou menos como o Palmeiras desde 1914. Mesmo atuando em casa (e por casa não entenda São Januário, interditado), joga fechado atrás. Em Volta Redonda que, em 2012… Deixa pra lá…

Já que tem muita dificuldade de propor o jogo, como dizem os entendidos como eu, prefere o futebol reativo – nada a ver com Felipe Melo. Esperando que seu adversário tome a iniciativa para depois buscar um contra-ataque.

O treinador Milton Mendes vinha utilizando o 4-2-3-1 como esquema base. Como os resultados não vinham aparecendo, ele mudou. Na última partida, diante da Ponte Preta, usou o 4-1-4-1 com o volante Jean entre as linhas – na cabeça da área para quem é descabeçado. Wellington e Bruno Paulista por dentro. Mateus Vital e Paulinho pelos lados. E Paulo Victor como o velocista na frente. Nomes que você nunca ouviu e nem vou falar, palmeirense.  Mas peça pro Alexandre Mattos anotar o do Paulinho.

Diante de vocês, não deve mudar a maneira de jogar. Buscará os contragolpes. E a posse de bola ficará nos pés alviverdes a maior parte do tempo. É só vocês não darem 3789,7 chutões como no primeiro tempo contra o Barcelona, naquela tocante homenagem que fizeram ao Marcelo Oliveira.

Cuidado maior deve ser a presença de Paulinho, aberto pelo lado direito, e atuando nas costas de Egídio. Como também seria se Eurico Miranda estivesse aberto orlando direita (onde está desde os tempos de PDS). Velho problema que vocês já devem estar acostumados a sofrer e a se irritar com a quantidade de vezes que se repetiu. E ainda encontra-se sem solução. Ao menos até o retorno do Maldini do Engenhão, o Victor Luís.

Outro fator com o qual se preocupar. O desejo de vingar o exagerado placar de quatro a zero sofrido na estreia do campeonato brasileiro. (NOTA DA REDAÇÃO: exagerado é o Cazuza. 4 a 0 foi justo!). Partida onde deu tudo certo. Até o Borja fez dois gols! E teve o seu nome em coro gritado pelo torcedor. Acredite se quiser.

Tem tudo para ser um bom confronto para quem teria como opção os programas de auditório da TV aberta. Ambos precisam dos três pontos (se possível uns 15 a mais). Por razões distintas, mas precisam. Agora, se pararmos para analisar os elencos e o momento de cada um, a vitória passa praticamente a ser uma obrigação de vocês. Afinal, se não ganhar do Vasco em crise, vai ganhar de quem?

Com ternura,

escreveu O Infiltrado WESLEY CROWFODENG, licença A da Fafuti, Faculdade de Futebol de Tiriça, Angola.