O meia Raphael Veiga é um dos destaques do Palmeiras nas últimas temporadas. Titular no meio-campo, o atleta se consolidou como um dos principais atletas do elenco. No clube desde 2017, o atleta revelou, em participação ao ‘Palmeiras Cast’, como recebeu a notícia de que poderia ser jogador do Verdão.
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– Falei: “Os caras estão chapando, tá louco”. Eu estava na sorveteria, daí o maluco falou: “O ‘coiso’ está no Palmeiras lá e fizeram uma proposta”. Falei: “Mentira”, e ele: “É sério, o Palmeira está querendo você, mandaram já como vai ser o contrato”. Eu falei: “Mano, eu vou, não precisa nem ter contrato”.
Ao chegar em São Paulo, contudo, Veiga encontrou dificuldades para se firmar no clube. Jovem e com pouco tempo de time profissional, o jogador não conseguiu ter sequência até 2020. Sobre isso, o atleta explicou que ainda era cru e precisou sair do clube para ter experiência suficiente para render no Alviverde.
– Cheguei aqui, eu estava perdido. Olhava para um lado o Zé Roberto, para o outro o Prass. Falei: “O que que eu estou fazendo aqui?”. Fazendo gol, bem demais. Só que, para você assumir um papel no Palmeiras, eu era muito cru. Eu tinha quatro meses de profissional. Você chegar aqui, o time tinha acabado de ser campeão, eu não estava preparado. Vejo que hoje eu estou preparado, mas até aquilo que vivi em 2017 foi importante, porque me ensinou muita coisa. Eu optei por sair e jogar, foi quando eu tomei a decisão de ir para o Athletico-PR. Lá eu joguei 48, 50 jogos. Até então eu tinha 20. Quando voltei, tinha muito mais coisa, jogado final. Quando voltei em 2019 já estava mais preparado, mas ficava mais na minha. Em 2020, fui ganhando mais espaço e chegou o Abel, aí o ‘bagulho’ ficou louco.
No Palmeiras, Veiga se destaca, principalmente, pela qualidade nas batidas de pênalti. Batedor oficial, o jogador tem bom aproveitamento na marca da cal, mas perdeu três penalidades seguidas diante de Santos e São Paulo. Pouco depois, diante do Goiás, teve mais uma oportunidade e não desperdiçou. No entanto, um comentário do goleiro adversário dificultou a tomada de decisão do palestrino.
– Eu não fico olhando muito para o goleiro, mas quando eu fui bater contra o Goiás, depois que errei os dois contra o São Paulo, eu joguei com o Tadeu (goleiro do Goiás), a gente é amigo. Eu falei: “Onde que eu vou bater” e defini que ia bater no meio. Ele chegou para mim e disse: “Faz tempo que você não bate no meio, bate aqui para eu pegar”. Na hora que você olha para trás, você pensa: “O que eu to fazendo aqui”. Eu fui e fiz, mas você fica em choque. E se ele domina no peito a bola. Aí é osso.
Para melhorar no quesito, Veiga explicou que a participação de Vinicius Silvestre, terceiro goleiro do time, é fundamental. Dado que Lomba e Weverton fazem trabalhos individuais com frequência, os treinos de finalização e bolas paradas normalmente ocorrem diante da Cria da Academia, que auxilia o meio-campista a melhorar.
– Eu treino com o Lomba um pouco, mas é mais com o Vini ou com os goleiros da base. Os caras mais me ajudam do que eu faço os caras sofrer. Eu treino os caras e eles me treinam também. O Vini é um cara que me ajuda muito. Não é um cara que joga tanto, mas é um cara que, se perguntar para o Scarpa e para mim, é um cara que ajuda demais. Se eu bato pênalti assim, é por conta do Vini.
Raphael Veiga chegou ao Palmeiras em 2017. Após um início ruim e um empréstimo ao Athletico-PR, o jogador se consolidou no clube depois da chegada de Abel Ferreira. Titular absoluto, o atleta se lesionou no fim de outubro e perdeu a reta final da temporada alviverde.
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