Voltamos a ser Palmeiras em junho
(Arte: Thiago Rocha)
Nascemos em agosto, fomos obrigados a mudar de nome em setembro, conquistamos o mundo em julho e voltamos a ser Palmeiras em junho. Aliás, que me perdoem os outros meses, mas não há nada como junho.
O mês do primeiro amor para muitos que chega de maneira tão inesperada como um gol de direita de um canhoto. A paixão matadora consolidada nos pés do nosso 9 naquele início de noite dos namorados.
O coração que bateu 102 vezes mais forte três anos depois em uma paixão de poucos meses que deixa marcas até hoje.
Em junho fomos capazes de colocar mais um santo em nosso calendário. Santo Antônio, São João e São Pedro foram apresentados a São Marcos quando Bedoya encontrou a trave e Zapata chutou para fora. Só um santo para não precisar usar as mãos em duas de suas maiores defesas.
Mãos que foram tão bem usadas no ano seguinte, em uma conquista mais Palmeiras do qualquer troféu quando só nós acreditávamos que seria possível contra o maior rival. No mesmo gol, lado e comemoração de Evair sete anos antes.
Que me perdoem os outros meses, mas não há nada como junho!