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Abel rechaça criticas da torcida do Palmeiras: 'Todos que estão no clube querem ajudar'

Clássico diante do Santos ficou marcado por manifestações contra Leila Pereira e Anderson Barros antes e após o apito final

Abel Ferreira durante clássico entre Palmeiras e Santos (Foto: Cesar Greco)
Abel Ferreira durante clássico entre Palmeiras e Santos (Foto: Cesar Greco)

Sob protestos antes e após a partida, o Palmeiras perdeu para o Santos por 2 a 1 na Arena Barueri pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após o duelo, o treinador Abel Ferreira rechaçou as críticas da torcida e defendeu a diretoria do clube.

– Tenho certeza de que todos que estão no clube fazem o melhor para ajudar. Tudo o que eu falar agora, já viemos de uma eliminação dura para todos, são sentimentos difíceis, lado emocional está em cima. Vamos ter tempo para refletir o que foi o ano, mas ainda temos 12 jogos para ser disputados – destacou o treinador.  

– Fico triste pois o lema ‘todos somos um’ fica beliscado quando tu percebes isso. A harmonia tem que existir. Nossos adversários precisam ser de fora, precisa ser o Boca Juniors, o Corinthians, o Flamengo, os outros clubes, são coisas que não controlo – destacou.

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Ainda fazendo referência ao mantra ‘’todos somos um’, filosofia adotada pelo clube nos últimos anos, Abel destacou que a blindagem que existia no elenco não existe mais na atual temporada, ao revelar que informações estão sendo vazadas dentro da Academia de Futebol. O português ainda afirmou que é preciso dar o peito às críticas e analisar 2023 ao final dos 12 jogos que restam no Campeonato Brasileiro.

– Sou o treinador, sou comparado com os outros treinadores, tenho muito o que aprender. Eu e os jogadores somos assediados por outros clubes o ano todo.  Temos alguém dentro do clube que passa as informações para fora, portando a blindagem que tínhamos, deixamos de ter – revelou Abel.

– No final vamos fazer a avaliação, para quantos títulos apontamos e quantos alcançamos. Ganhamos dois títulos, mas os mais importantes seriam o Campeonato Brasileiro e a Libertadores não conseguimos. Aqui dificilmente sairá do Botafogo. Temos que dar o peito as balas e aguentar a pancada. Sempre vou defender meus jogadores, nossa função é mostrar o caminho certo – disse.

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Abel, sobre críticas da torcida do Palmeiras: ‘Nosso adversário tem que ser de fora’

Atual campeão do Campeonato Brasileiro, o treinador acredita que parte das críticas sofridas e da turbulência é resultado do próprio sucesso do elenco nos últimos anos, com dez conquistas entre agosto de 2020 e abril de 2023. Já acostumado com o ritmo acelerado do futebol do Brasil, disse também que não gosta da cultura de idolatria do país.

– Honestamente hoje somos vítimas dos sucessos que tivemos, agora temos que aguentar as críticas. Eu não gosto quando idolatram. Quando as coisas ocorrem bem, transformam o treinador em deuses, os jogadores em deuses, os diretores em deuses. Quando se perde se transformam em lixo. Todo tem coisas boas e coisas ruins. O futebol brasileiro tem muitas emoções, por isso tem jogadores que até pedem para sair. Agora é aguentar, é normal e temos que fazer as reflexões os ajustes – acrescentou.

Com apenas uma vitória nos últimos oito jogos, Abel Ferreira ainda assumiu a responsabilidade dos resultados. Apesar de não concordar com parte das críticas da torcida, admitiu que é preciso fazer uma autoavaliação daquilo que é apresentado dentro de campo, especialmente da falta de capricho na finalização e na baixa intensidade e agressividade da marcação.

– Quer no último jogo contra o Boca Juniors, quer nesse contra o Santos eu assumo toda a responsabilidade do que se passa dentro de campo. Por fora sou o responsável e por dentro vamos ver nosso desempenho, principalmente a falta de capricho na finalização e marcação – disse.

Por fim, afastou as suposições. Rechaçando o ‘se’, se resumiu a avaliar o que ocorreu dentro de campo, voltou a bater na tecla da eficácia e disse que não há explicações para tudo, uma vez que s jogadores possuem tomadas de decisões. Apesar de afastar as teorias, disse que as críticas são voláteis, e que em cada jogo apontam novos erros ao treinador e ao elenco.  

– (A crítica) no último jogo a questão era porque não joguei com outros jogadores, hoje é outra, Esse ‘se’ não conta, o que conta são os gols que entram na nossa defesa e os fazemos. Se a gente tivesse feito as oportunidades, a gente ganhava. O futebol não é assim, é eficácia. Eu sei que vocês querem explicações para tudo, mas tem coisas que não consigo dizer. Por qual motivo o López passou a bola, por exemplo. São decisões dos jogadores, e, portanto, não há respostas. Na última quinta era um problema, hoje é outro – concluiu.

Apesar da derrota, o Verdão se mantém provisoriamente na quarta colocação, com 44 pontos, atras de Botafogo, Red Bull Bragantino e Grêmio. O próximo desafio para a equipe de Abel Ferreira acontece apenas no dia 19 de outubro, às 19h (de Brasília), diante do Atlético-MG, em casa. O torneio será paralisado por 10 dias em decorrência da Data Fifa.

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