O Palmeiras empatou com o São Paulo em 1 a 1, em clássico válido pela 11ª rodada do Paulistão, no Morumbis, após sair perdendo. O gol marcado por Veiga deu esperança, mas não conseguiu esconder a atuação abaixo da equipe de Abel Ferreira, que precisa consertar erros e displicências antes de mata-mata do campeonato.
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O esquema com Aníbal Moreno, Ríos e Zé Rafael é o ideal, pelo menos no papel. Dependendo das condições do jogo, uma linha defensiva composta por quatro jogadores, um meio-campo povoado e um ataque que tem liberdade para flutuar deve ser o esboço de algo que vai perdurar.
O problema é que Abel optou por modificar a ideia e transformou a realidade em algo diferente. Endrick, que esbanja talento mais centralizado, pisando na área, foi colocado na lateral-direita como uma espécie de “ala” ou “auxiliar” do Marcos Rocha, o que limitou o jogador e fez com que o Palmeiras não tivesse tantas chances criadas.
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Veiga marcou gol de empate do Palmeiras em clássico com São Paulo
Assim, Piquerez voltou a exercer a função de terceiro zagueiro na saída de bola, já que Marcos Rocha subia para receber cobertura do camisa 9, Veiga formava “dupla” com Flaco no ataque e Zé fazia a ponta-esquerda. As decisões tomadas pelo treinador português foram, de certa forma, equivocadas. O time ficou “encaixotado” e pecava em tudo que tentava.
Weverton, que não vive boa fase, novamente falhou em um lance crucial. Ao preferir sair jogando do que apenas afastar o perigo, o camisa 21 deu um passe “na fogueira” para Ríos, que também errou e perdeu a posse. O adversário teve a chance de finalizar e o goleiro apenas viu a bola, teoricamente defensável, estufar a rede.
A displicência é algo que compromete toda a engrenagem do Palmeiras. É “culpa” parcelada entre Abel e jogadores. Todo início de temporada é propício para testes, mas a fase mata-mata não abre essa mesma margem de erro. É jogar para buscar o título. Para isso, a bagunça de dentro de uma casa que é invicta vista por fora precisa ser arrumada com urgência.