Arquivos Bruno - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/bruno/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Fri, 05 Mar 2021 11:20:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Campeão da Copa do Brasil 2012 com o Palmeiras, Bruno relembra título: ‘A gente não troca por nada’ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/campeao-da-copa-do-brasil-2012-com-o-palmeiras-bruno-relembra-titulo-a-gente-nao-troca-por-nada/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/campeao-da-copa-do-brasil-2012-com-o-palmeiras-bruno-relembra-titulo-a-gente-nao-troca-por-nada/#respond Fri, 05 Mar 2021 08:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=27519

Em entrevista exclusiva ao NOSSO PALESTRA, o ex-arqueiro comentou sobre a emoção de vencer o torneio e a tristeza de ser rebaixado; confira

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O Palmeiras sonha com mais um título da Copa do Brasil, após vencer o Grêmio, por 1 a 0, no primeiro jogo da final da competição. O Verdão já foi campeão do torneio em três diferentes oportunidades, sendo estas em 1998, em 2012 e em 2015. Na campanha bicampeã, o ex-goleiro Bruno foi um dos destaques do Verdão e, em entrevista ao NOSSO PALESTRA, o ex-arqueiro relembrou como era o clima no vestiário antes das finais, contra o Coritiba.

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– Nosso vestiário era muito bom. A gente não tinha problema de vestiário, nada. O Felipão sabia manejar muito bem todo mundo. Todos muito envolvidos. A gente pegou muita confiança na semifinal, todo mundo dava o Palmeiras como eliminado, o Grêmio a principal força para ser campeão, e a gente acabou fazendo dois jogos espetaculares e acabou passando pra final. Isso deu muita confiança pra gente na final, mesmo com aquele episódio do Barcos, no primeiro jogo, da apendicite. Mas, como o Felipão tinha esse domínio sobre o grupo, o Betinho entrou e fez a diferença. A final em dois jogos não é melhor, nem pior. É diferente, porque em um jogo você não pode errar. Em dois, você consegue ter um dia ruim e você ainda consegue consertar no segundo jogo. Um só, não. Tem que dar o seu melhor e não tem chance pra erro – disse Bruno.

Elenco palmeirense campeão da Copa do Brasil 2012 (Foto: Cesar Greco/Fotoarena)

O ano do Verdão, no entanto, não foi só de alegrias, dado que, apesar do título nacional, a equipe não fez uma boa campanha e acabou sendo rebaixada no Campeonato Brasileiro. O ex-goleiro, então, comentou sobre as dificuldades encontradas pela equipe no Brasileirão.

– O Palmeiras estava há 12 anos sem um título nacional. Isso pesava. Fomos campeões paulistas em 2008, batemos na trave em 2009. Em 2010 e 2011 foram temporada abaixo, então aquele título foi fantástico, fundamental, a gente não troca por nada, mas quando a gente foi acordar pro Brasileiro já era tarde. O Felipão acabou poupando. Se não me engano, jogamos seis ou oito jogos antes das finais e em dois ou três ele poupou todos os titulares e a gente não conseguia vencer. Lembro que nossa estreia foi contra a Portuguesa, no Canindé, e a gente empatou. Teve o Atlético-MG e outros jogos. A gente começou muito mal, e quando voltamos da Copa do Brasil, ainda teve que baixar a poeira. Lembro que a gente foi campeão na quarta e no sábado já tinha o São Paulo, empatamos, voltamos pro Couto Pereira, empatamos de novo. Quando a gente acordou, já era tarde. O nosso grupo era montado pro mata-mata e quando a gente precisou, não tivemos peças. Muitas lesões dos principais jogadores, quem entrou não deu conta e a gente acabou fazendo um campeonato bem ruim. 

O Palmeiras empatou em 1 a 1 com a Portuguesa na estreia do Brasileirão em 2012 (Foto: Cesar Greco/Fotoarena)

Sobre este momento abaixo do time na temporada, Bruno explicou como era o clima dentro do clube, que, segundo ele, mesmo depois do título, não era bom.

– Não dá pra falar que era bom, né? A gente não conseguia se acertar e ficava triste, bravo, por isso. A gente jogava, dentro da nossa realidade, bem, mas não tem aquela famosa sorte de campeão. Você sabe que o time vai ser campeão por tudo que tava acontecendo. Ali, a gente via que não tava pesando ao nosso favor. Lembro de um jogo, contra o Coritiba, em Araraquara, que a gente tava martelando, quase não peguei a bola, mas, aos 48’, teve um pênalti e a gente perdeu de 1 a 0. Isso basicamente resume o nosso campeonato. Aí teve a saída do Felipão, o Narciso, por alguns jogos, a chegada do Gilson. A gente até ganhou um gás com o Gilson, com três vitórias seguidas, mas depois acabamos não conseguindo mais – completou.

Em 2012, apesar do título da Copa do Brasil, o Palmeira foi rebaixado para a Série B (Foto: Geraldo Bubniak/Fotoarena)

O Palmeiras, em busca do tetracampeonato da Copa do Brasil, entra em campo no próximo domingo (07), às 18h (horário de Brasília), contra o Grêmio, no segundo jogo da final da competição.

Confira a entrevista completa:

NP: Em 2012, você estava substituindo o Marcos, um dos grandes nomes da história do Palmeiras. Você acha que isso pesou de alguma forma no seu desempenho?

Bruno: Eu acho que não. Sempre disse que substituir o Marcos não era um fardo, nunca foi algo ‘pesado’. Sempre foi uma honra. Não era substituir, porque ele é insubstituível, nunca vai surgir outro. Então, era dar sequência no trabalho que vinha sendo feito. E o mais difícil a gente conseguiu, que foi um título, seis meses depois da aposentadoria dele, mas depois, o decorrer do ano acabou não sendo tão bom. Individualmente, foi o ano que eu mais joguei, tive uma sequência muito boa no Brasileiro, cometi poucos erros, mas, coletivamente, foi um segundo semestre para se esquecer. 

NP: Bruno, você jogou com o Marcos e com o Prass no Palmeiras, que são dois dos grandes goleiros da história do clube. Como foi dividir o vestiário com eles?

Bruno: Eu convivi com o Marcos a minha vida inteira, praticamente. É um dos maiores ídolos que eu tenho, juntamente com o Evair. Foi muito legal ter aprendido tudo com ele, não só dentro de campo, mas fora também. O Marcos é essa pessoa fantástica que todo mundo vê. A gente tinha liberdade de brincar um com o outro, de conversar, de falar: “Marcos, eu acho que você poderia ter feito isso naquele gol”, ou “Bruno, e se você fizesse isso”. A gente tinha bastante essa liberdade, fomos criados assim, o Pracidelli criou a gente assim. Então foi muito legal, tenho um orgulho muito grande disso. O Prass também. Ele chegou no fim de 2012, a gente conviveu em 2013 e 2014 juntos, um amigo que tenho também. Tenho orgulho de poder ter participado da carreira dele, e ele da minha. Vou levar isso pra sempre. A gente estava num momento muito difícil, quando caiu. Em 2013, o Paulo Nobre assumiu, eu já conhecia o Paulo, o Prass chegou. Eu e o Prass, ele mais velho de idade e eu mais velho de casa, assumimos ali, ajudamos muito o Paulo Nobre, nessa reconstrução do Palmeiras, que tava caminhando. Tanto eu aprendendo com eles, tanto eles aprendendo com a gente.

NP: Como foi o começo do trabalho do Paulo Nobre pra vocês?

Bruno: Foi bem devagar, porque o Palmeiras tava numa situação muito difícil, tinha dinheiro pra nada. A gente começou a pré-temporada naquele ano de 2013, não tinham 22 jogadores pra fazer coletivo. Eu lembro de um treino que a gente teve que pegar os meninos da assessoria de imprensa pra completar, não existe isso num time profissional. Ele pegou uma bucha muito grande. Fico feliz que ele confiava bastante em mim, de novo, eu e o Prass sempre estávamos na sala dele, conversando, e ele expunha pra gente, desabafava, e a gente, quando precisava de alguma coisa pedia pra ele. A gente sempre teve esse diálogo, desde o primeiro dia. Foi uma situação bem complicada. Teve aquela troca do Barcos pelos jogadores do Grêmio. A gente precisava de quantidade, naquela época, mais que qualidade, por incrível que pareça. Acabou dando tudo certo. Foram os dois primeiros anos pra pavimentar e depois acabou deslanchando. Hoje o Palmeiras está nessa situação muito graças a ele. 

NP: Você, agora morando nos Estados Unidos, tem conseguido acompanhar o Palmeiras?

Bruno: Aqui são só duas horas (de fuso horário), da maioria das vezes dá pra acompanhar. Não passa muito jogo aqui, eu acompanho mais por notícias e melhores momentos. A Copa do Brasil e a Libertadores eu consigo assistir, que passam aqui, o Brasileiro é mais difícil. Mas a Copa do Brasil e Libertadores eu acompanhei inteiras. Tô sempre ligado nas notícias e sempre conversando com o pessoal, principalmente com os goleiros, que eu tive o prazer de trabalhar com os três que tão lá.

NP:  Em 2012, você foi o melhor goleiro da Copa do Brasil e, em 2015, foi o Prass. Você acha que o Weverton consegue, também, esse título?

Bruno: Consegue. Hoje, se não me engano, a votação da Copa do Brasil é popular, o que é injusto, porque uma torcida engaja mais e acaba sendo injusto. Nada contra o Marinho, mas os números do Rony foram muito melhores. Não acho justo abrir pra votação popular. Você pode ter dois prêmios. O Weverton hoje é o melhor goleiro do Brasil disparado, no mesmo nível do Alisson e do Ederson, que são os três goleiros que o Tite tem confiança e vão ser os goleiros do Brasil por muito tempo, porque tem condições. E ele está fazendo história no gol do Palmeiras. 

NP: O Palmeiras é conhecido por formar grandes goleiros, e você foi um dos que fizeram parte da base do clube. Hoje, depois de muitos anos, temos, novamente, uma Cria da Academia surgindo no gol, que é o Vinícius. Você o conhece? Chegou a assistir aos jogos dele?

Bruno: Conheço, sim, o Vinícius, somos amigos há bastante tempo. Quando ele tava na base, já treinava com a gente muitas vezes. Em 2013, 2014, ele tava lá diariamente. É um amigo que eu tenho, falo com ele, dei parabéns pelos jogos que ele fez. O Palmeiras ficou um tempo sem um goleiro da base, porque o momento pedia pra ser diferente, justamente naquela transição e contratar todo mundo. O Prass já tava, mas veio Weverton, Jaílson, outros que passaram e não deram certo, porque não é fácil jogar no Palmeiras. Não adianta achar que qualquer um vai chegar e vai jogar. O momento não pedia. Agora tá voltando. O Vinícius saiu, ganhou rodagem, voltou e tá mostrando que merece essa chance. 

NP: O Palmeiras, há muito tempo, não tinha tantos bons jogadores das categorias de base no elenco titular. O que você está achando deste novo momento do clube?

Bruno: Puxando um pouco a sardinha pro meu lado, eu acho que a última safra da base que acabou dando mais certo foi a minha, com Vágner Love, Diego Souza, Gláuber, Daniel Marques, Edmílson, Francis, todo esse pessoal. Depois foi pouco aproveitado, mas, de novo, o momento não pedia isso. O Palmeiras vinha de um longo jejum, precisava ser campeão, a cobrança era demais. Até por isso, conseguimos ser campeões em 2008, porque montamos um time praticamente do zero, com o Vanderlei (Luxemburgo). Mas agora é o momento certo. Eu estive, no começo de 2020, com o pessoal na Flórida Cup, eu tava cobrindo pra uma rádio brasileira, então pude acompanhar pré-temporada e ali, se buscar um tweet meu, eu já tinha falado que a molecada é muito boa, já tinha notado o Patrick de Paula, quando ele entrou no jogo, contra o New York City, acho. Dava pra ver que dava pra jogar sim. E deslanchou, apesar de tudo que aconteceu. Essa molecada tá mostrando o trabalho que está sendo feito na base. Espero que não pare por aí, que essa mescla continue sempre. Isso mostra que você não precisa montar super times se você tem um bom trabalho de base. 

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Bruno descreve “migué” na final da Copa do Brasil e revela úlcera pré-rebaixamento em 2012: ‘Final de ano muito difícil’ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/bruno-descreve-migue-copa-do-brasil-revela-ulcera-pre-rebaixamento-em-2012/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/bruno-descreve-migue-copa-do-brasil-revela-ulcera-pre-rebaixamento-em-2012/#respond Sun, 12 Jul 2020 00:55:49 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/07/12/bruno-descreve-migue-copa-do-brasil-revela-ulcera-pre-rebaixamento-em-2012/

(Foto: Cesar Greco / Fotoarena) O ex-goleiro alviverde Bruno Cardoso esteve em live com o Nosso Palestra na noite deste sábado (11). Durante a conversa, o campeão da Copa do Brasil de 2012 confessou um "migué" pra ganhar tempo na decisão contra o Coritiba, no Couto Pereira: RelacionadasPalmeiras treina antes de estreia na Copa do […]

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(Foto: Cesar Greco / Fotoarena)

O ex-goleiro alviverde Bruno Cardoso esteve em live com o Nosso Palestra na noite deste sábado (11). Durante a conversa, o campeão da Copa do Brasil de 2012 confessou um "migué" pra ganhar tempo na decisão contra o Coritiba, no Couto Pereira:

“Eu lembro que teve uma hora que já tava 1×1 e teve um lance em que eu dei um ‘miguezinho’: acabei caindo no chão pra parar um pouco do tempo, porque o Coritiba tava pressionando muito. Aí o doutor Rubens entrou no campo e me perguntou “É migué, né?”, e eu falei “É, doutor. Quanto tempo falta, pelo amor de Deus?”, e ele falou “Faltam 10 minutos, já era”. Eu respondi “Doutor, já era, é campeão."

Então, o goleiro descreveu a emoção que sentiu até acabar a partida e o Palmeiras se sagrar bicampeão da Copa do Brasil, um título que ele considera um dos "mais improváveis da história alviverde":

"Ali começou a cair a ficha e foi passando todo esse filme na minha cabeça, de desde quando eu ia no Palestra ver os jogos e depois em todas as categorias de base, sub-13, 14, quando cheguei, todas as dificuldades que passei, dos títulos perdidos, as coisas dando errado e… cara, faltavam 10 minutos pra gente ser campeão de um dos títulos talvez mais improváveis da história do Palmeiras. (…) Aqueles 10 últimos minutos foram fantásticos e não tive como segurar a emoção."

Bruno também comentou sobre a grande exposição a que foi submetido no segundo semestre daquele ano, quando a equipe vivia péssima fase e brigava contra o rebaixamento. Ele era um dos jogadores que sempre dava entrevistas e ‘botava a cara à tapa’, mas isso lhe custou muita sanidade, como admitiu:

"Aquele final de ano foi muito difícil. Aqueles últimos 2, 3 meses de sofrimento pra mim foram muito difíceis, eu não saía de casa pra nada, ia treinar e voltava, ia dormir às 4 da manhã e acordava às 6, 7 sem sono… eu tive úlcera por causa disso, não conseguia nem me alimentar direito quase."

Questionado se ele se arrepende de ter sido um dos únicos a se expôr a entrevistas e à torcida, ele nega:

"Eu não vou falar que me arrependo de sempre ter dado entrevista naquela época porque acho que “arrependimento” é uma palavra muito ruim, mas concordo que eu e o Maurício Ramos, a gente se expôs demais durante aquele final de Brasileirão. Toda semana a gente tava lá falando, a gente acabava indo falar porque ninguém ia, então não é um arrependimento, mas, se eu pudesse, talvez eu teria me guardado um pouquinho mais e não teria falado tanto."

Confira o bate-papo completo com Bruno:

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De olho na TV para acompanhar o Palmeiras na Libertadores, Bruno lembra ‘sofrimento dobrado’ e ‘noites sem dormir’ após erro e eliminação para o Tijuana https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/de-olho-na-tv-para-acompanhar-o-palmeiras-na-libertadores-bruno-lembra-sofrimento-dobrado-e-noites-sem-dormir-apos-erro-e-eliminacao-para-o-tijuana/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/de-olho-na-tv-para-acompanhar-o-palmeiras-na-libertadores-bruno-lembra-sofrimento-dobrado-e-noites-sem-dormir-apos-erro-e-eliminacao-para-o-tijuana/#respond Mon, 26 Aug 2019 10:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/08/26/de-olho-na-tv-para-acompanhar-o-palmeiras-na-libertadores-bruno-lembra-sofrimento-dobrado-e-noites-sem-dormir-apos-erro-e-eliminacao-para-o-tijuana/

(Foto: Cesar Greco) São seis anos sem o Palmeiras utilizar o Pacaembu na Copa Libertadores e o reencontro será nesta terça-feira (27), contra o Grêmio às 21h30 pelo jogo de volta das quartas de final. A última vez não teve final feliz e sofrimento duplo de um torcedor que estava no campo na derrota e […]

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(Foto: Cesar Greco)

São seis anos sem o Palmeiras utilizar o Pacaembu na Copa Libertadores e o reencontro será nesta terça-feira (27), contra o Grêmio às 21h30 pelo jogo de volta das quartas de final. A última vez não teve final feliz e sofrimento duplo de um torcedor que estava no campo na derrota e eliminação para o Tijuana, por 2 a 1.

As equipes tinham empatado sem gols no México e o jogo estava truncado até uma bola fácil chutada por Riascos chegar ao gol de Bruno, aos 26 minutos do primeiro tempo. A falha do arqueiro abriu caminho para a vaga mexicana e acabou com o desejo palmeirense de tentar algo em uma temporada que seria dura por conta da disputa da Série B.

Desde então, as vidas de Palmeiras e Bruno mudaram bastante. O clube se reergueu, ganhou títulos na nova casa e tenta pelo segundo ano consecutivo avançar à semifinal da Libertadores, algo que não acontece desde 2000/2001, quando o ex-goleiro era apenas um torcedor alviverde buscando chegar um dia ao profissional no clube do coração.

Do outro lado, Bruno vive nos Estados Unidos e trabalha como preparador de goleiros e auxiliar técnico em uma universidade e em um clube de futebol feminino. O objetivo é se aperfeiçoar para ser técnico no país em que está desde 2016.

Sem qualquer problema em falar sobre o pior erro da carreira, ele relembrou o difícil momento vivido na noite de 14 de maio de 2013:

“Na hora a gente tenta mostrar uma postura. Fiquei sem dormir noites e a responsabilidade foi muito minha. Erro besta. Pior erro da minha carreira. Jogo com poucas chances e aquele gol decidiu”, afirma ao NOSSO PALESTRA, dizendo que o fato de ser torcedor também pesa:

“É um sofrimento dobrado como jogador e torcedor. Tem aquela coisa de desapontar a sua família, pais. Meu pai nunca foi mais em um jogo meu depois daquele dia. Nunca falei com ele sobre isso. Eu bloquei isso e ele também”, completa o ex-goleiro palmeirense.

Bruno era titular da equipe porque Fernando Prass se machucou pouco tempo depois de chegar ao clube. Ele tinha sido eleito o melhor goleiro da Copa do Brasil do ano anterior, quando o Palmeiras ficou com o título sob o comando de Felipão.

“Vivia um momento particular muito bom antes daquele jogo. Na ida contra o Tijuana
lá no México fui bem e entrei na seleção da Libertadores daquela semana. Antes, o Palmeiras tinha sido eliminado nos pênaltis contra o Santos e fiz uma das melhores partidas da minha carreira. Naquele jogo o Pacaembu estava lotado, a chegada no estádio tinha sido impressionante. Geralmente, quando se erra é porque está confiante demais. Errei ali porque já estava pensando na segunda bola antes de pegar a primeira”, relembra.

Bruno diz que apesar da falha e eliminação, não acredita que o jogo tenha sido determinante para o fim da passagem dele no Palmeiras, tanto que iniciou a caminhada na Série B até o retorno de Prass ao posto de titular.

“Não considero que aquilo foi o fim da minha passagem no Palmeiras. Eu atuei nos oito primeiros jogos da Série B e não foi fácil. Ainda renovei meu contrato por mais dois anos no fim da temporada quando a gente voltou para a primeira divisão”, comenta.

À distância, ele acompanha o Palmeiras pela Libertadores na TV e mantêm contato com pessoas do clube, especialmente Fernando Prass.

“A Libertadores passa aqui e consigo ver. Não dá para acompanhar os demais jogos e as vezes ouço no rádio. Voltei a acompanhar bastante em dezembro do ano passado”, finaliza.

Nesta terça-feira será a vez de Bruno ligar a TV para acompanhar o clube do coração que o acompanha há 35 anos e que teve o privilégio de defender por mais de uma década, com a certeza de ter vivido mais momentos bons do que ruins.

No ano passado eu fui para o Brasil com os meninos daqui. Os levei no Allianz Parque para o tour e eles viram a minha foto de campeão. É muito gratificante

Bate-Bola com Bruno:

Você e o Deola foram os responsáveis por substituir o Marcos. Isso pesou muito?
Responsabilidade de substituir o Marcos não é ruim. Isso é a melhor coisa do mundo, porque quem está preparado vai lá e joga. Nada melhor poderia ter acontecido, tanto que fomos campeão logo no primeiro semestre após a saída do Marcos.

Acredita que o jogo contra o Tijuana fez com que o torcedor perdesse a confiança, mesmo que depois você tenha atuado em mais jogos?
Quem está fora não tem como medir essa confiança. Eu tinha 14 e 15 anos do Palmeiras e jogar em time grande não aumenta a pressão, aumenta a responsabilidade. Não acredito que tenha encerrado o ciclo após aquela partida, tanto que iniciei a Série B como titular e depois o Palmeiras renovou meu contrato por mais dois anos. Se tivesse acabado, não teriam renovado.

Foram muitos anos de Palmeiras. Como vê a situação atual do clube?
Passei por tudo o que você pode imaginar. Quando fui no ano passado lá, conheci o CT e está lindo, coisa de primeiro mundo. Até brinquei com o (Carlos) Pracidelli, "imagina o que a gente não iria fazer se tivesse isso". O Palmeiras tinha uma das priores estruturas do país e hoje é uma das melhores, se não for a melhor. Tenho amizade com o (Paulo) Nobre e a passagem dele foi marcante. Merece os parabéns

Como foi a ida para os Estados Unidos?
Vim para jogar no Fort Lauderdale Strikers em 2016 com contrato era de dois anos, mas após o primeiro o time faliu. Até hoje tenho dinheiro para receber dos donos. Tive proposta para voltar ao Brasil, mas minha família se adaptou bem. Eu dei entrada no meu green card para seguir atuando em algum time por aqui, mas demorou para sair e então encerrei a carreira.

O que tem feito atualmente?
Tirei a licença B para trabalhar como preparador de goleiros e estou na Lynn University. Também trabalho no Sunrise Prime FC, time de base feminino e lá estou como diretor e treinador de goleiros.

Pretende seguir estudando para se aperfeiçoar?
A licença de treinador de goleiro e técnico nos Estados Unidos é chancelada pela Fifa. Os cursos do US Soccer são licença B. Quero tirar a A e vou para Escócia fazer a licença da Uefa de goleiro em novembro e dezembro deste ano.

Como tem sido a experiência de comentarista na DAZN?
Nunca pensei em fazer na minha vida, mas que me conhece falava que eu me expressava bem, que era inteligente e poderia pensar em fazer isso um dia. Foi paixão à primeira vista. No início era muito travado, mas com o tempo comecei a me soltar. É bem legal porque já vi o jogo de três ângulos diferente: de trás quando era goleiro, do lado quando estou no banco e agora por cima como comentarista.

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