Arquivos Palmeiras diretoria - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/palmeiras-diretoria/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Mon, 23 Aug 2021 15:02:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 Guilherme Paladino: O que vier é lucro para o Palmeiras em 2021 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/guilherme-paladino-opiniao-o-que-vier-lucro-palmeiras-2021/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/guilherme-paladino-opiniao-o-que-vier-lucro-palmeiras-2021/#respond Mon, 23 Aug 2021 16:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=43478

A decisão de quem cabia decidir já foi tomada há meses e não há nada que possamos fazer

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Leia a coluna de opinião de Guilherme Paladino para o NP: O que vier é lucro para o Palmeiras em 2021

A dolorida derrota por 2 a 0 para o Cuiabá na 17ª rodada do Brasileirão, em pleno Allianz Parque, veio cinco dias após uma das vitórias mais épicas da história do Palmeiras na Libertadores: um 3 a 0 contra o rival São Paulo pela volta das quartas de final. Essa reviravolta de emoções em cinco dias, que só o futebol sabe proporcionar muito bem, serviu para fazer o palmeirense racional lembrar do verdadeiro objetivo para a temporada de 2021: um grande ‘o que vier é lucro’.

Conquistar títulos não é tarefa fácil e não há qualquer garantia de que um clube vá obter êxito em todas as temporadas possíveis. Em 2020, o Alviverde conseguiu um feito histórico: conquistou três dos quatro grandes títulos possíveis em uma mesma temporada, algo raríssimo no futebol brasileiro. Dado este cenário, duas reações possíveis poderiam surgir no clube para o ano subsequente, que seria eleitoral, ou seja, marcado pela transição política: a ambição aumentaria e os gestores fariam de tudo para ver as glórias se repetindo, ou ‘a barriga já estaria cheia’ e só ligariam o piloto automático até que o mandato terminasse.

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Deixando a situação ainda mais espinhosa, a pandemia continuou avançando em 2021 e a economia passou longe de voltar ao normal, inclusive no esporte. Para reforçar o elenco neste contexto, seria necessária muita vontade e, principalmente, habilidade no mercado para encontrar soluções boas (achar jogadores livres, se livrar de jogadores caros para abrir espaço na folha de pagamento ou buscar soluções criativas com outros clubes). Vendo tudo isso, a gestão palmeirense optou pela inércia; em outras palavras, por abdicar de fazer questão de competir. Ela somente confiou no elenco que já tinha dado excelentes resultados na temporada passada, mesmo com o treinador pedindo reforços.

Se esta estratégia dará certo, só o tempo dirá. O clube perdeu a Recopa, Supercopa, Campeonato Paulista e foi eliminado da Copa do Brasil logo na primeira fase em que entrou, mas, em compensação, está em segundo lugar no Brasileirão e na semifinal da Libertadores. Entretanto, independentemente do resultado final, vale lembrar à torcida que o que vier é lucro. Isso porque o Palmeiras não se planejou para uma temporada de sucessos: entre tomar decisões importantes de reformulação de elenco ou manter tudo como estava, a opção foi por manter tudo como estava. “Presidente, o senhor vai renovar com o Felipe Melo e Jailson?” A resposta: “Não sei, quem sabe é a próxima gestão.” “Mas, presidente, o senhor vai manter Anderson Barros no comando do departamento de futebol?” A resposta: “Não sei, quem sabe é a próxima gestão.”

Em relação aos jogadores caros e pouco utilizados do elenco, nada foi feito, embora os salários deles estejam impedindo o clube de contratar bons (e, também, caros) jogadores. Em relação às lacunas do plantel, novamente, nada foi feito, mesmo com Abel Ferreira implorando por um centroavante desde o início do ano. Então, racionalmente, não dá para esperar que algum título venha, porque nada foi feito para isso. As contratações da temporada somente surgiram para repor eventuais perdas, como a saída de Matías Viña ou a provável venda de alguma das Crias da Academia que atua como volante. Nenhuma surgiu com o intuito de elevar a qualidade do elenco para competir.

Jorge e Joaquín Piquerez foram as últimas contratações do Palmeiras; ambos repõem Matías Viña (Foto: Cesar Greco)

E, enquanto isso, os rivais diretos estão criando uma distância considerável no nível técnico do plantel. O Flamengo, que já era absurdamente forte com Gabigol, Pedro, Arrascaeta, Bruno Henrique, Everton Ribeiro e companhia, está contratando Andreas Pereira e Kenedy. O Atlético-MG está se tornando uma superpotência com Hulk, Diego Costa, Nacho Fernández, Zaracho, Savarino, Guilherme Arana e etc.

E, apesar de parecer, não há qualquer tipo de juízo de valor neste texto. Somente foram expostos fatos: o Palmeiras não contratou para elevar a qualidade de seu plantel, enquanto outros o fizeram. Há boas justificativas dos dois lados: o Alviverde conquistou títulos históricos na temporada passada e, agora, pensa em uma maior segurança financeira, dado o contexto delicadíssimo da economia global. Seus rivais, por outro lado, enxergam a situação de outra forma e viram neste momento de dificuldade uma oportunidade para abrir distância em relação ao restante dos adversários.

Por tudo isso, torcida alviverde, o que vier é lucro. Se não der certo, pelo menos a memória das conquistas ainda está bem fresca (e foi reforçada com a maravilhosa partida contra o São Paulo da última terça-feira) e, querendo ou não, o time terá um equilíbrio econômico interessante para o próximo ano; se der certo, mesmo com essa concorrência forte, será ainda mais maravilhoso. Desfrutemos mais e estressemo-nos menos, a decisão de quem cabia decidir já foi tomada há meses e não há nada que possamos fazer.

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/guilherme-paladino-opiniao-o-que-vier-lucro-palmeiras-2021/feed/ 0 E79ij50XMAgEA71 Jorge e Piquerez foram contratados para a vaga de Matías Viña (Foto: Cesar Greco)
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Pode ser que a bola entre e os gestores vençam sua arriscadíssima aposta (que, inclusive, ajudou a fritar o próprio treinador). Mas pode ser que ela não entre e, assim, um ano que poderia ter sido salvo por uma ou duas peças pontuais seja desperdiçado por pura omissão

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Confira a coluna de Guilherme Paladino para o Nosso Palestra: Por omissão da diretoria, Palmeiras vive temporada ‘no limite’

Neste domingo (27), pela segunda vez seguida, o Palmeiras precisou de um gol após os 45 minutos do segundo tempo para vencer um adversário tecnicamente inferior no Allianz Parque. Entre as duas vitórias ‘na bacia das almas’ diante de América-MG (2 a 1) e Bahia (3 a 2), o time havia sido derrotado fora de casa por 3 a 1 pelo Red Bull Bragantino, em um jogo que o Alviverde ficou atrás no placar desde os 10 minutos do primeiro tempo até o apito final.

Não por acaso, nas três rodadas acima mencionadas, o Palmeiras sofreu seis gols, algo incomum para um time que era conhecido pela solidez defensiva. Ocorre que, dos cinco nomes ideais do sistema defensivo palmeirense, três são desfalques há semanas por causa de convocações para as suas seleções nacionais: Weverton, Gustavo Gómez e Matías Viña. Além destas baixas, problemas musculares também provocaram ausências importantes para Abel Ferreira ao longo da última semana: foram os casos de Luan, Jailson e Danilo, que não puderam atuar em Bragança, e Rony, que foi cortado do duelo diante do América.

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Devido a este contexto, o time ainda encontra imensa dificuldade para se impor, seja contra o Juventude em Caxias do Sul, contra o Red Bull em Bragança, ou contra o Corinthians, América-MG e Bahia no Allianz Parque. Mas as redes ainda estão sendo balançadas ‘no limite’ do cronômetro e o clube ainda segue vivo, aos trancos e barrancos, na disputa pela liderança do Brasileirão. Só que a equipe não precisaria de tanta turbulência se não fosse a omissão da diretoria na temporada 2021.

Em seu último ano na presidência do Palmeiras, Maurício Galiotte optou por não investir um centavo em reforços para Abel Ferreira, o treinador que conquistou a Copa do Brasil e a Libertadores, as competições que dão as maiores premiações em dinheiro para os times brasileiros. O presidente, através do discurso de “saúde financeira”, criou uma narrativa que colou na imprensa e na torcida, como se fosse impossível fazer qualquer tipo de adição ou substituição no elenco sem comprometer as finanças do clube com uma das contas mais equilibradas do país.

Galiotte segura a Copa do Brasil com Abel Ferreira (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Parece que, a fim de não correr qualquer tipo de risco no fim do atual mandato, a diretoria acreditou piamente que, com o elenco vencedor da tríplice coroa na temporada de 2020, seria possível competir à altura na temporada de 2021 sem contratações. Apenas esqueceram de considerar que seria impossível manter o rendimento com a equipe vivendo uma sequência insana de jogos desde agosto, sem intervalo entre uma temporada e a outra. Algo que, inevitavelmente, além da oscilação em campo, provocaria inúmeros desfalques por lesões musculares, exatamente o que ocorreu constantemente nos últimos meses, e segue ocorrendo.

Aparentemente, também ‘esqueceram’ que a Copa América e as Eliminatórias da Fifa esfacelariam o sistema defensivo do clube por mais de um mês, com rodadas cruciais da Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores agendadas para este período. Isso sem contar as Olimpíadas, que, na convocação, poderiam ter sido mais cruéis do que foram com o clube que ostenta um das categorias de base mais promissoras do país; apenas Gabriel Menino ter sido chamado foi um alento.

O resultado de tal planejamento fenomenal é um clube que precisa improvisar atletas em posições diferentes em todas as partidas possíveis, além de, ultimamente, flertar demais com o azar. Há jogos em que a bola entra aos 49 minutos da etapa final, mas há jogos em que o time chuta 30 vezes, nenhuma bola entra no gol, e ele acaba eliminado em casa, do torneio que ele mesmo conquistou há menos de quatro meses, por um oponente que está na segunda divisão nacional.

Os desfalques de Gómez e Viña para a Copa América eram previsíveis há mais de um ano (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

E para quem subestima o poder de uma contratação ‘inocente’, vale lembrar que o título da Libertadores veio com um gol de cabeça de Breno Lopes, trazido por R$ 7,5 milhões de um clube da Série B. O mesmo Breno Lopes que marcou o gol aos 47 minutos do segundo tempo contra o Bahia, garantindo a vitória e, assim, mantendo o Palmeiras firme na briga pela liderança. Qual seria o destino do clube se a diretoria não tivesse buscado esse reforço pontual em meados de 2020?

E será que, no início da temporada de 2021, era mesmo impossível ter se planejado para buscar outros ‘Brenos Lopes’, como, por exemplo, para a lateral esquerda? Alguém que não comprometesse tanto na defesa e que oferecesse um leque maior de opções para construir jogadas? Talvez, se isso tivesse sido feito, o clube não teria prejuízo esportivo e financeiro na Copa do Brasil, só dizendo.

E é sempre bom pontuar que o Palmeiras ainda tem um futuro a construir no ano, mas está gravemente desfalcado em rodadas fundamentais do Brasileirão. Pode ser que a bola entre no momento certo e a diretoria vença sua arriscadíssima aposta (aposta essa que, inclusive, ajudou a fritar parcialmente o próprio treinador entre alguns torcedores e uma considerável parte da crônica esportiva). Mas também pode ser que a bola não entre e, assim, um ano que poderia ter sido salvo por uma ou duas peças pontuais, seja desperdiçado por pura omissão.

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