O novo técnico do Palmeiras Roger Machado concedeu entrevista coletiva nesta manhã na Academia de Futebol. O gaúcho foi apresentado pelo presidente Maurício Galiotte e pelo diretor de futebol Alexandre Mattos. Ele falou com a imprensa, e se mostrou muito feliz e motivado para o maior desafio de sua carreira.
Roger iniciou a coletiva falando sobre a pressão por títulos no clube. “O Palmeiras sempre vai brigar por títulos. A construção de uma equipe vitoriosa passa por ter jogadores de qualidade. Hoje, temos 90% do elenco formado. As prospecções serão da qualidade dos que estão aqui, para que a gente consiga cumprir a maratona de jogos no ano que vem. Objetivo é sempre levar o nome do Palmeiras ao ponto mais alto possível” respondeu.
Veja como foi o resumo da coletiva do novo professor do NOSSO PALESTRA:
Passado quase palmeirense
“Estava comentando nos bastidores que a primeira manifestação do Palmeiras em me contratar como jogador foi em um Palmeiras x Grêmio, o Roberto Carlos estava se transferindo para o Real Madrid e me disse no intervalo que me indicou como substituto no clube. Lembro que fiquei orgulhoso no momento, ele era um jogador que estava despontando na seleção brasileira, e do clube como Palmeiras me querendo”.
2018, mais pressão?
“É inerente pelo tamanho do clube e da torcida. Vocês (jornalistas) são pressionados, centroavante que perde gol, goleiro que toma frango. Meu torcedor é pressionado pelas outras torcidas também quando não conquista. Gradativamente, você vai se tornando um pouco mais cascudo com relação a isso. Não tenho dúvida de que o desafio é enorme, mas estou plenamente preparado.”
Mais reforços?
“É natural que o clube sempre procure as melhores alternativas do mercado. O Diogo tem sido um dos melhores laterais do Brasil nos últimos anos. Especulações em torno do Emerson, do Lucas (Lima), que é um jogador diferente. Seus números mostram isso. Eles vêm com intuito de aumentar a qualidade do nosso elenco. Por consequência, aumenta a qualidade do treino, a competitividade, e isso vai para o campo. Faz com que tenhamos um time forte, com empenho de vencer.”
Vai resgatar o futebol bonito?
“Como treinador, tu sempre busca o resultado. Mas tão importante quanto isso é como você alcança isso. Competitividade sem perder a beleza. Tem que se preocupar com a estética também, o torcedor merece isso. A crítica ao meu estilo é sobre tentar fazer futebol moderno. Eu discordo dela, porque o que desejo é voltar para trás. Se pegar o time da Academia do Palmeiras, Ademir da Guia, os grandes craques do passado, tínhamos time competitivo também. Jogar bonito e ser competitivo sempre foi a origem do nosso futebol. Em alguns momentos, perdemos isso. O que pretendo é resgatar tudo isso.”
Primeira impressão e Valentim
“Excelente. Do jogo em si, primeiramente, com a vitória e consolidando a segunda colocação no Campeonato Brasileiro. E jogando bem, atuando bem. Já deu para ver muita coisa que o Alberto conseguiu colocar, muito próximo do que acredito também. Alberto está fazendo essa transição, tem sido muito útil. Já afirmei o desejo dele ficar conosco, seria muito útil, mas é uma decisão muito pessoal dele. Gostaria de contar com ele, assim como a vinda do Zé Roberto vai ser extremamente útil ao Palmeiras.”
Borja e Felipe Melo titulares?
“Se eu afirmar hoje que eles serão meus titulares, perco os outros 28 do elenco. Preciso ter time competitivo para levar os melhores 11 dentro de campo. Tenho que dizer que os 30, 32 têm qualidade e estão aptos a jogar. Aqueles que estiverem no melhor momento vão estar entre os 11. Os problemas do passado ficaram no passado. Se eventualmente teve algum problema, ficou para trás. 2018 vai começar do zero, com novo comandante. Tenho certeza de que todos os jogadores estarão muito engajados no projeto de fazer o Palmeiras vencer.”
Base será utilizada?
“Gosto muito de valorizar os profissionais da casa. Eles sabem a história do clube, conhecem a estrutura como ninguém. Serão muito úteis no nosso trabalho. Somos nós que nos unimos a eles nesse processo. A integração com a base é fundamental. Palmeiras neste ano está disputando quase todas as finais das categorias, mostra que o trabalho está sendo muito bem feito.”
Priorizar Libertadores?
“A obsessão do Palmeiras é pelo Palmeiras e por todas as competições. Todo clube grande deseja ganhar a Libertadores. No futebol brasileiro, com o calendário que temos, as competições acabam entrando umas na outras. Mas, com o elenco que temos, de qualidade para correr o ano inteiro, podemos brigar por todas as competições. Não podemos abrir mão de uma competição em detrimento de outra. O Campeonato Paulista é a primeira chance de título, um título importante. O objetivo do Palmeiras é conquistar os títulos.”
Egídio fica?
“O Egídio foi muito importante para o clube neste ano. Existe uma instabilidade coletiva em alguns momentos e alguns jogadores acabam sendo mais visados. Nosso elenco para 2018 está sendo planejado. O que posso dizer é que hoje o nosso grupo está 90% fechado para o ano que vem. Alguns atletas voltam de empréstimo, a gente vai avaliar também.”
Fernando Prass e janela européia de transferências
“Estamos em andamento nas reuniões diárias com relação a formatação do nosso grupo. A janela, pode surgir de uma hora pra outra. Você faz uma reunião hoje, e amanhã surge algo novo. Até o momento não temos nada de novo em relação a isso. Com relação ao Fernando Prass, conheço muito bem, joguei com ele no Grêmio. Ele está na história do clube, é um jogador importante. Está tratando de sua renovação. Aspectos que a gente define internamente. O Fernando é importante para o Palmeiras, mas não depende só do clube, depende do acerto. Tenho certeza de que o desejo do Fernando é permanecer.”